CEF oferece 88% de desconto

149

A Caixa Econômica Federal está oferecendo a quitação da dívida com descontos de até 88% do valor de avaliação para imóveis financiados no início dos anos 90, no âmbito do Programa de Ação Integrada em Habitação, desde que a unidade tenha valor atual máximo de R$ 5 mil. O anúncio, evidentemente, foi feito por Fernando Henrique Cardoso, no programa Palavra do Presidente, que imagina dar solução ao problema que se arrasta há mais de dez anos e o valor das prestações tornou-se incompatível com o preço dos imóveis, provocando inadimplência de 48%. E estranhamente, a CEF achou interessante oferecer a quitação mediante o pagamento de 12% do valor de avaliação da unidade.
Agora, a CEF destina R$ 7 bilhões disponíveis para novos financiamento de imóveis. Segundo Emílio Carazzai, presidente da Caixa, nos últimos dois anos, a instituição quitou antecipadamente 693 mil contratos habitacionais e arrecadou R$ 5,1 bilhões, reaplicados em novos financiamentos habitacionais. Porém, com a inclusão dos 128 mil imóveis do PAI-H, foram 816 mil imóveis irregulares ou desequilibrados financeiramente que tiveram sua situação resolvida.
O contribuinte estranha que tal providência tenha sido concedida apenas à população de baixa renda. E a classe média que é a mais atingida desde a implantação dos absurdos planos econômicos? Continuará a pagar as diversas e absurdas taxas que são cobradas?

Vitória dos canadenses?
A Embraer, a quarta maior fornecedora de jatos comerciais do mundo, não vai repetir o desempenho do ano passado. A empresa deve conseguir cerca de 200 novas encomendas neste ano, o que vai representar queda de 50% em relação aos 400 pedidos registrados no ano passado.
Maurício Botelho não foi muito convincente na explicação desse possível fraco desempenho, pois fica difícil entender a declaração de “não espera a repetição do desempenho das vendas do ano passado, pois estavam diretamente relacionadas ao mercado de jatos com 50 lugares”. Acontece que o maior volume de encomendas da Embraer é proveniente da linhagem de jatos regionais de 50 lugares ERJ-145, vendidos em grande escala desde 1996. E o presidente da empresa não revelou se o mercado está saturado, ou os financiamentos concedidos pelo governo do Canadá que provocarão tão grande queda.
Agora, os acionistas da Embraer vão ficar na expectativa da aceitação da nova linhagem de jatos regionais para 70 passageiros, mas que ainda está sendo desenvolvida, e na nova linha de jatos comerciais e produtos militares.

Eletrobras pediu verba extra
Cláudio Ávila, presidente da Eletrobras, anunciou o pedido de suplementação de verba da ordem de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões para o orçamento do setor elétrico deste ano. Com tal reforço, o orçamento passaria de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,7 bilhões. Ávila, no entanto, não revelou como serão aplicados os recursos adicionais. Porém, adiantou que o orçamento previsto para 2002 e 2003 deverá ser de R$ 3,8 bilhões, para cada ano. Acontece que o projeto Angra III, ainda em fase de estudo, se for aprovado irá custar US$ 1,7 bilhão. Logicamente, quando isso acontecer, será solicitado novo reforço de verba.

Para o Sudeste, nada?
Fernando Henrique Cardoso participou da cerimônia de assinatura do contrato de R$ 750 milhões entre o Consórcio Schahin-Alusa e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para construção e exploração de duas linhas de transmissão de energia elétrica na região Norte do Brasil. A linha Tucuruí-Vila do Conde será instalada no Estado do Pará e deverá ser concluída em julho de 2002 e o trecho Tucuruí-Presidente Dutra, que ligará o Pará ao Maranhão, terá conclusão prevista para março de 2003.
Enquanto isso, no Sudeste continua a perspectiva de racionamento até 2003.

Espaço Publicitáriocnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui