8 em 10 autenticações biométricas para serviços digitais são por celular

Além do smartphone, a autenticação por biometria é feita no tablet (30%), laptop/computador (28%), smart home devices (18%), e smartwatches, 18%

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Reconhecimento facial (Foto: J.C.Cardoso)
Reconhecimento facial (Foto: J.C.Cardoso)

Levantamento da Aware por meio de entrevistas com 1 mil usuários de aplicações de autenticação biométrica nos EUA revela que 80% se autenticam pelo smartphone para acessar aplicativos. Do total de usuários entrevistados, 50% se autenticam com biometria diariamente, a outra metade utiliza este recurso frequentemente ou sempre.

Além do smartphone, a autenticação por biometria é feita no tablet (30%), laptop/computador (28%), smart home devices (18%), relógios (smartwatches, etc.) 18%, quiosques (aeroporto, estádios) 8% e outros meios 10%.

Os detalhes deste levantamento estão reunidos no Relatório de Confiança do Consumidor em Biometria de 2024 sobre a confiança no uso da biometria, liberado pela empresa e que sinaliza um caminho claro para a adoção em massa da tecnologia à medida que ela se torna mais integrada a dispositivos utilizados no cotidiano, como smartphones e laptops.

No entanto, os consumidores têm uma consciência acentuada da sensibilidade de seus dados biométricos e estão procurando usar a biometria de provedores que possuem políticas claras sobre o gerenciamento de dados.

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O comportamento dos usuários com a biometria e suas preocupações, incluindo as tendências deste mercado, estão entre as principais descobertas da Aware a partir de uma entrevista com mais de 1 mil consumidores nos EUA e uma combinação de dados com insights de especialistas, incluindo outras tendências importantes sobre as percepções e o uso da autenticação biométrica pelos consumidores.

A equipe da Aware conduziu o estudo com base em perguntas destinadas a descobrir as percepções dos consumidores, o conhecimento, uso e preocupações sobre autenticação biométrica, e apurou que a esmagadora maioria (75%) acredita que os dados biométricos são seguros ou muito seguros em comparação com as senhas tradicionais.

“A maioria dos entrevistados concorda que a tecnologia biométrica se tornará mais prevalente nos próximos cinco anos. Isso não é totalmente surpreendente, dado que os consumidores geralmente reconhecem a superioridade da biometria sobre senhas nas áreas de segurança, conveniência e velocidade de acesso”, comenta Mario Cesar Santos, vice-presidente global de Soluções da Aware.

“No entanto, o que é notável é que um grande percentual dos entrevistados declarou que está mais disposto a confiar em algumas organizações do que em outras, com base em uma capacidade demonstrada de coletar e gerenciar dados biométricos de maneira responsável. Claramente, o desejo por conveniência e velocidade está vencendo, porque o aumento nos casos de uso está se expandindo. Achamos que há uma grande oportunidade para as marcas aproveitarem os benefícios de oferecer biometria ao se comunicar com os seus clientes, abordando suas preocupações sobre o uso de dados e oferecendo opções alternativas de autenticação”, afirma o executivo.

Por outro lado, dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelaram que, em 2024, o número de golpes evitados contra bancos e cartões de crédito cresceram 10,4% em relação ao ano anterior, representando 53,4% das fraudes registradas no período. Caso fossem concretizadas, o prejuízo estimado chegaria a R$ 51,6 bilhões.

Além disso, segundo outra pesquisa realizada pela Serasa Experian com consumidores, 50,7% dos brasileiros foram vítimas de fraudes no último ano, um salto de 9 pontos percentuais em relação a 2023. Desse total, 54,2% das vítimas afirmaram ter perdido dinheiro.

Entre os tipos de fraudes mais recorrentes relatadas pelos respondentes, o uso indevido de cartões de crédito liderou o ranking (47,9%), seguido por golpes financeiros como boletos falsos e fraudes via Pix (32,8%), phishing (21,6%) e invasão de contas bancárias ou redes sociais (19,1%).

Ainda segundo a pesquisa, essas ocorrências demonstraram impactar a confiança dos consumidores nos métodos de pagamento online. O uso do pix para realizar transações caiu de 69% em 2023 para 60% em 2024 e a perspectiva de segurança sobre a modalidade foi de 32% para 22% no mesmo período. Por outro lado, o cartão de crédito ganhou espaço, com 84% dos pagamentos serem realizados por meio dele (ante 79% em 2023) e considerado confiável para 60% dos respondentes (46% no ano anterior).

Em relação à capacidade de proteção das instituições, apenas 49% dos entrevistados consideram as empresas de cartão de crédito como eficazes na proteção contra fraudes – um aumento em relação aos 41% de 2023, mas ainda abaixo do ideal. Agências governamentais (37%) e marketplaces de comércio eletrônico (33%) também figuram entre os segmentos que os brasileiros consideram mais seguros, enquanto provedores de pagamento tiveram queda na credibilidade, de 27% para 23%.

Sete em cada 10 consumidores (76%) ouvidos pela pesquisa declararam, ainda, que é provável ou muito provável pagarem mais caro por uma marca em que ofereça segurança on-line – em 2023 esse indicador era de 62%. O diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, alerta que “esse crescimento reflete a crescente preocupação com a integridade dos dados e o impacto do risco reputacional, especialmente para os bancos, que precisam reforçar a confiança dos clientes ao oferecer soluções seguras e robustas contra fraudes”.

Para conter esse avanço, tecnologias mais seguras de autenticação são essenciais. O levantamento aponta que a biometria física é o método mais reconhecido pelos consumidores para proteção contra fraudes, passando de 59% em 2023 para 67% em 2024. Outros métodos, como códigos PIN enviados para celulares (de 45% para 48%) e perguntas de segurança (de 36% para 40%), também são utilizados, mas enfrentam limitações contra golpes sofisticados.

Caio Rocha explica que a relação entre golpes financeiros e autenticação digital é direta: os criminosos exploram falhas humanas por meio da engenharia social para roubarem dados e se passarem pelos consumidores, acessando contas bancárias, realizando transações indevidas e aplicando golpes cada vez mais sofisticados. Quanto mais forte for o processo de autenticação, menores são as chances de sucesso dos criminosos.

“Quanto mais robusto for o processo de autenticação, menores são as chances de sucesso dos criminosos. Com o avanço de golpes sofisticados, como deepfakes e fraudes impulsionadas por inteligência artificial, é importante considerar a adoção de tecnologias que sejam aprimoradas constantemente, além de uma estratégia de prevenção à fraude em camadas, combinando diferentes tecnologias para reforçar a segurança e fortalecer a confiança nos serviços digitais”, conclui.

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