O principal índice de ações da B3 encerrou em queda nesta terça-feira (5). Duas razões influenciaram o índice: um quadro indefinido no exterior, e internamente uma cena política que gera incertezas em relação ao desfecho das eleições em outubro.
O Ibovespa caiu 2,49%, a 76.641 pontos. As ações ordinárias da Eletrobras recuaram 7,8% e as preferenciais caíram 9%, depois que um tribunal do Rio de Janeiro determinou a interrupção no processo de privatização da estatal e de seis distribuidoras. A venda das subsidiárias é vista como o último grande catalisador para a ação, já que a desestatização da elétrica neste ano é improvável.
Os papéis de Itaú Unibanco e Bradesco recuaram com força, em meio à piora no pregão, pesando no Ibovespa dada a elevada participação que ambos detêm no índice.
A Petrobras também registrou forte queda. As ações ordinárias recuaram 3% e as preferenciais perderam 5,36%. O desempenho da empresa segue prejudicado por causa das incertezas em relação à autonomia da petroleira de controle estatal. Investidores seguem monitorando notícias sobre a política de preços da companhia.
A bolsa segue fragilizada pela saída de estrangeiros, com maio registrando saldo negativo de R$ 8,4 bilhões e junho começando com saída líquida de quase R$ 1 bilhão.
A disparada do dólar ante o real também pesa no pregão de acordo com um dos gestores ouvidos pela Reuters.
No final da manhã, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que não há espaço para subsídio para a gasolina.
No último pregão, o Ibovespa fechou em alta de 1,76%, a 78.596 pontos, ajudado pelo viés positivo no mercado externo e pela recuperação das ações da Petrobras, após a indicação de Ivan Monteiro para a presidência da empresa em substituição a Pedro Parente, e com o mercado de olho em possíveis mudanças na política de preços da estatal.