CEO da Wirecard infla balanço e é preso na Alemanha

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A Wirecard, que era considerada uma das fintech mais promissoras da Alemanha, agora tem um futuro duvidoso pela frente, enfrentando a possibilidade de um colapso. A crise enfrentada pela companhia é mostrada pelo desempenho desastroso das suas ações nas últimas sessões. Na quinta-feira, quando a empresa reconheceu que suas contas estavam infladas, suas ações caíram 62% e 35% no pregão seguinte e na segunda-feira voltaram para os mínimos de 2011, ao perderem mais 44%.

Ora direis, qual a importância de uma fintech alemã para os brasileiros? A resposta certa é: nenhuma. Porém serve para mostrar as regras do país em relação ao escândalo da Wirecard. Markus Braun, que foi demitido do cargo de CEO da companhia alemã na semana passada, foi detido na noite da última segunda-feira, em Munique. O Ministério Público acusou o ex-dirigente de inflacionar artificialmente o balanço e as receitas da companhia alemã, com o objetivo de a tornar mais atrativa para os investidores. Horas depois foi libertado, após pagar uma fiança de 5 milhões e com o compromisso de se apresentar à polícia semanalmente. Essa detenção aconteceu depois de ter sido noticiado que provavelmente nunca existiram o 1,9 bilhão que a empresa de processamento de pagamentos tinha registados como ativos, e que a auditora EY nunca encontrou.

Mais uma vez direis: que temos com isso? Aparentemente nada, a não ser o fato do tratamento dispensado no Brasil aos casos de problemas contábeis. Recentemente, houve o escândalo do IRB, no qual só houve a renúncia de alguns dirigentes, e o caso está caindo no esquecimento. Bom, poderá haverá um processo administrativo na CVM que, dentro de três anos, será julgado por um outro colegiado e haverá apenas a aplicação de multas.

 

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Conselheiros da Klabin favorecem majoritários?

A pedido da BNDESPar, uma das acionistas da Klabin, a Comissão de Valores Mobiliários abriu processo sancionador contra 13 membros do Conselho de Administração da fabricante de papel, em mais uma tentativa para acabar com o pagamento de royalties por uso da marca Klabin, que chegaram a atingir R$ 60 milhões em apenas um ano. Os membros do Conselho são acusados, pela autarquia, a não agir “com a diligência necessária” para analisar a conveniência da manutenção do contrato com a Sogemar e a Klabin Irmão e Cia, detentoras da marca, pois ambas têm como sócios os controladores da companhia. Como é grande a lentidão da CVM na formação desses processos, o contrato ainda deverá vigorar por uns três anos, e no final os conselheiros pagarão uma multa simbólica.

 

Alguém sabia que existe um 9º nível de lixo?

A Moody’s cortou a classificação do perfil de risco de crédito individual da TAP, passando-o de Caa2 para Caa3m, colocando-a no 9º nível de lixo, em que é ainda grande o risco de incumprimento e em que a capacidade de reembolso da dívida depende de condições favoráveis e sustentáveis. Além disso, desceu a notação da emissão de obrigações de 375 milhões, de Caa1 para Caa2, ou seja, o 8º nível de investimento especulativo. As alterações consideram o alívio temporário de liquidez oferecido pelo empréstimo de 1,2 bilhão do governo português, que está sendo contestada pela oposição, apesar da autorização da Comissão Europeia para o auxílio estatal à companhia aérea que terá seis meses para apresentar um plano de reestruturação que assegure o seu futuro ou reembolsar o empréstimo de emergência.

 

HSBC vê varejo com cautela

O HSBC mostrou cautela com a recuperação e atualizou as recomendações para as empresas do setor de varejo no Brasil, levando em conta incertezas sobre o mercado de trabalho. As ações da Renner e da C&A foram rebaixadas de “comprar” para “manter”, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 42 e R$ 10. No caso da Guararapes, controladora da Riachuelo, a recomendação passou de “manter” para “reduzir” e objetivo em R$ 14, enquanto as da Arezzo e Marisa foram mantidas em “comprar”, podendo chegar a R$ 54 e R$ 10. Também foi mantido a recomendação da Hering em “manter e alvo em R$ 14,50. Os analistas do banco inglês estão céticos quanto ao ritmo de recuperação, pois aguardam que os próximos meses devem registrar aumento da concorrência e, dessa força, pressão sobre os preços dos artigos vendidos.

 

Crise faz T4F reduzir conselho

A Time for Fun pretende reduzir o número de membros do seu Conselho de Administração, na reunião do dia 22 de julho. A medida faz parte da redução de custos e aproveita a renúncia dos conselheiros Luciano Nogueira Neto, Maurizio de Franciscis e Guilherme Affonso Ferreira.

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