O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o Líbano, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel. É o número de pessoas que procuraram a Embaixada em Beirute com pedido de repatriação. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio atualmente está justamente no Líbano. Ao todo, 21 mil brasileiros vivem no país.
Os ataques aéreos israelenses a várias regiões do Líbano provocaram, desde o último dia 17, a morte de mais de 1 mil pessoas, incluindo dois adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos. A situação em Beirute, a capital do país, é descrita como “tensa e terrível” por brasileiros que estão na região, com risco de guerra total.
O processo de repatriação dos brasileiros começará nesta quarta-feira. Na ação batizada de Operação Raízes do Cedro, a Força Aérea Brasileira utilizará uma aeronave KC-30, com a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros que estão em solo libanês, a partir do aeroporto de Beirute, que ainda permanece aberto. O voo fará escala para reabastecimento em Lisboa, tanto na ida quanto na volta. Outros voos ainda não foram confirmados, mas devem ocorrer ao longo dos próximos dias.
A autorização para a operação foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, o Brasil fará a repatriação de brasileiros do exterior “em todo lugar que for preciso” e lamentou o comportamento do governo de Israel ao atacar o Líbano.
Também nesta quarta, o ministro israelense dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, anunciou que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, é considerado “persona non grata” e não pode entrar em Israel. Segundo Katz, Guterres vai ser lembrado “como uma mancha na história da ONU”.
As informações são da RTP.
O ministro afirmou, nas redes sociais, que qualquer pessoa que não consiga condenar inequivocamente o hediondo ataque do Irã a Israel, como fizeram quase todos os países do mundo, não merece pisar em solo israelense.
Em mensagem na rede social X, Israel Katz destacou que “este é um secretário-geral que ainda não denunciou o massacre e as atrocidades sexuais cometidas pelos assassinos do Hamas em 7 de outubro, nem liderou quaisquer esforços para declará-los uma organização terrorista”.
Katz acusou Guterres de apoiar “terroristas, violadores e assassinos do Hamas, do Hezbollah, dos Houthis e agora do Irã – a nave-mãe do terror global”. “Com ou sem António Guterres”, Israel vai continuar “a defender os seus cidadãos e a defender a dignidade nacional”, disse Katz.
Com informações da Agência Brasil, citando a RTP
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