Cerco a Trump: pressão do setor financeiro?

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O processo de impeachment de Donald Trump pega fogo nos Estados Unidos, com a acusação feita pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi, de que o presidente praticou suborno e que o escândalo deixa Watergate (que levou à renúncia do então presidente Richard Nixon) parecer “algo pequeno”.

Especialistas norte-americanos comparar o cerco a Trump – desde a investigação sobre o exótico esquema russo nas eleições – à Lava Jato brasileira, uma forma de perseguição legal para retirar do poder um presidente incômodo. Para estes analistas, setores financeiros incomodados pelas políticas do governo norte-americano estariam por trás da campanha.

A ação seria similar ao processo de impeachment de Bill Clinton em 1998, quando o então presidente ensaiava conversações visando a uma nova arquitetura financeira. Em 1999, Clinton acabaria sancionando a revogação do Lei Glass-Steagall, editada em 1933 (após o crash da Bolsa em 1929). A lei separava as atividades comerciais e de investimentos dos bancos. A revogação turbinou a desregulação dos mercados financeiros, levando à especulação e às crises, como a atual, iniciada em 2008.

Porém, se Trump se indispõe com a parte mais raivosa do establishment, ele próprio é parte do sistema, e não se vê mudanças substanciais em andamento para limitar a especulação. O que parece uma antecipação da disputa presidencial do ano que vem está mais para um acerto de contas quanto ao ritmo da ajuda ao setor financeiro para continuar fazer a roda girar.

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Perdas

A paralisação de 21 dias em várias regiões da Bolívia, especialmente Santa Cruz de la Sierra, orquestrada por opositores a Evo Morales provocaram um prejuízo à economia estimado em US$ 1,1 bilhão, calcula o presidente da Confederação de Empresários Privados da Bolívia (CEPB), Luis Barbery. O Produto Interno Bruto (PIB) do país somou US$ 37,5 bilhões em 2017.

As manifestações questionavam o resultado das eleições, que foram vencidas por Evo, ainda que houvesse dúvidas sobre se a vitória teve margem para resolver a questão em primeiro turno ou seria necessário segundo turno.

 

Golpe é golpe

Após a política se recusar a combater os baderneiros e milicianos, o Exército boliviano decidiu permanecer nos quartéis e exigir a renúncia de Evo Morales. Com a saída do presidente, os militares foram às ruas para restabelecer a ordem, diga-se, impedir que atos pró Morales aconteçam. Nesse contexto, impedem parlamentares do partido de Evo de entrarem no Parlamento.

Se isso não se chama “golpe”, a direita precisa criar, não uma nova Constituição, e sim um novo dicionário.

 

Paralelo

Especialista dos EUA vê nas ações na Bolívia semelhança com o que ocorre em Hong Kong. Por trás, interesses das finanças internacionais.

 

Destaque

Na imprensa chinesa, a cobertura sobre a reunião dos Brics no Brasil destacou o encontro entre Xi Jinping e Vladimir Putin.

 

Conteúdo local

A Shell comemorou o início da produção da plataforma P-68, 150 mil barris e 6 milhões de m³ por dia, operada pela Petrobras e construída no estaleiro Rio Grande (RS) e finalizada no Jurong Aracruz (ES).

 

Rápidas

Até abril de 2020, 37 navios – 27 internacionais e 10 nacionais – levarão 415 mil turistas à Cidade Maravilhosa. Na temporada passada, os cruzeiros injetaram R$ 2,083 bilhões na economia brasileira. Mas há quem veja prejuízo aos hotéis e outros estabelecimentos *** A Agência Espacial Brasileira (AEB) fará, dias 19 e 20, a terceira edição do Fórum da Indústria Espacial Brasileira, em São José dos Campos (SP), com representantes das agências dos EUA, Europa, América Latina e Ásia. Mais informações aqui *** A cantora Gabby Moura se apresenta quarta-feira (feriado do Dia Nacional da Consciência Negra), às 19h, no Shopping Jardim Guadalupe *** “Declaração de Liberdade Econômica” será tema do seminário que o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) realizará no dia 19, das 9h30 às 13h. Inscrições aqui *** Sábado tem campanha de adoção de animais no Carioca Shopping *** A Editora Planeta lança Amanhã vai ser maior: o que aconteceu com o Brasil e possíveis rotas de fuga para a crise atual, da antropóloga e professora Rosana Pinheiro-Machado. No livro, a autora investiga o período que vai das Jornadas de Junho até a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018.

 

 

 

 

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