Cesta básica compromete até 35% da renda familiar

367
Cesta básica (Foto: Sesc)
Cesta básica (Foto: Sesc)

Os aumentos de preços nos supermercados ao longo de 2021 refletiram em uma cesta básica 7,5% mais cara no quarto trimestre, em relação ao mesmo período de 2020. As informações são do Jornal Giro News. De acordo com dados do portal, apurados pela empresa de pricing Profit+, “o café foi o principal responsável por puxar a alta da inflação no setor, com uma disparada de 66,8% entre outubro e dezembro. O preço do café moído 500g passou de R$ 8,43 em 2020 para R$ 14,06 no ano passado. O tomate aparece na sequência, com um salto de R$ 4,74 para R$ 7,76 por kg e variação de 63,7%. Antes comercializado por R$ 2,78, o açúcar cristal e refinado 1kg atingiu preço de R$ 4,20 no quarto trimestre – aumento de 51,1%.”

Ainda segundo o portal, “dos 14 itens analisados, outros sete tiveram alta em preços, além de café, tomate e açúcar. São eles: farinha de trigo (26,6%), pão francês (12,9%), manteiga (11,6%), carne bovina traseira (10,4%), banana (4,1%), carne bovina dianteira (1,7%) e feijão (0,8%). Em contrapartida, quatro produtos sofreram reduções em seus valores: óleo de soja (-3,8%), batata (-9,6%), leite longa vida (-12,9%) e arroz (-19%). Para suprir o valor da cesta básica, cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicam que o salário mínimo deveria ser de R$ 5.800, 5,7 vezes mais que o valor de 2021, de R$ 1.100.”

Já de acordo com estudo da Kantar, a maior parte dos gastos das famílias latino-americanas é despendida com itens da cesta básica, comprometendo até 35% da renda das classes sociais mais baixas. Isso ocorre porque os alimentos são a prioridade e o setor apresentou inflação de 19% no último ano.

Esse cenário se reflete em todos os países latino-americanos. No entanto, apenas três deles não conseguiram manter o volume de consumo acima do que tinham antes da pandemia: Argentina, Brasil e Colômbia.

Espaço Publicitáriocnseg

Segundo o estudo, intitulado Consumer Insights, Argentina, Brasil, Colômbia e Peru, altamente impactados pela inflação e pelo desemprego, podem levar dois anos ou mais para retornar aos níveis econômicos de 2019. A empresa separou outras nações do continente em dois grupos, de acordo com a expectativa de retomada econômica de cada uma delas. O Chile é o único país da América Latina que recuperou, em 2021, o PIB per capita nos níveis pré-pandêmicos. Já Equador, México e os países América Central, em que as economias são mais dolarizadas, demonstraram resultados de uma possível recuperação já em 2022.

A inflação é o fator que mais pressiona a retomada do consumo de forma geral, uma vez que os preços no continente atingiram os níveis mais altos dos últimos cinco anos. Argentina, seguida por Brasil e México, são os países com os maiores aumentos na região.

 

 

Com informações do Jornal Giro News

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui