Chavismo ou lulismo

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As imprecações distribuídas pelo presidente Lula em seus improvisos nos rincões mais distantes do país foram identificados por alguns de seus adversários como manifestações de um suposto chavismo. Entendido aqui chavismo como o desagradável costume do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de, eleito em sintonia com seu povo, continuar, depois de empossado, sintonizado com seus eleitores, se recusando a seguir o comportamento tido como natural por certo tipo de mídia, de que o eleito pelo povo deve trocá-lo pelo sistema financeiro tão logo chegue ao poder.
Para incômodo dos que não simpatizam com Chávez, o seu modo de governar não se limita a mobilizações populares. Estas, na verdade, servem para respaldá-lo na adoção de medidas que contrariam interesses para os quais, depois de votar, os eleitores devem se recolher a suas casas e ambiente de trabalho, deixando para os iluministas da mídia do setor financeiro o monopólio da mobilização permanente em defesa de seus interesse$.
Lula, ao fazer do sistema financeiro a opção preferencial – quando não exclusiva – dos atos de seu governo, como comprova o destino dos recursos do Orçamento, apresenta às massas das progressistas cidades do interior do país o que não tem mais condições de exibir para os habitantes dos grandes centros urbanos, como Rio e São Paulo: renovação de promessas não-cumpridas e dramalhão mexicano para sensibilizar corações e mentes menos informados.
Em outras palavras, o “chavismo” de Lula limita-se a mobilizar brasileiros dos rincões em atos que não alcançam 10 mil pessoas, não para defender ações populares de seu governo, mas para oferecer retórica. A este “chavismo” sem mudanças, a melhor denominação é a de lulismo.

Bolsa-banco
A divulgação do lucro dos bancos no primeiro trimestre do terceiro ano do governo Lula explicita mais uma vez quem são os sujeitos beneficiários da assertiva segundo a qual a economia vai bem apesar da crise política. Em seis meses, apenas o lucro dos dois principais bancos privados do país somou mais de R$ 5 bilhões, só cerca R$ 1 bilhão menos do que os R$ 6,201 bilhões destinados pelo Orçamento para todo este ano ao Desenvolvimento Social – inclui o Bolsa-Família.

Doação
Menos de 2% da nossa população doa sangue, enquanto nos países desenvolvidos essa parcela atinge 8%. No Brasil, 70% doam apenas para amigos e parentes. Para ajudar a mudar esses números, a Fundação Pró-Sangue e a Faculdade Ítalo Brasileira realizam dia 15 a Campanha de Doação de Sangue deste semestre, já na terceira edição, com meta de atingir 25% dos calouros da instituição.

Opep brasileira
O secretário fluminense de Energia e Petróleo, Wagner Victer, participa nesta terça-feira, às 9h, da Conferência Anual de Comercialização e Distribuição de Combustíveis – Tendências do Mercado Brasileiro, que será realizada no Centro de Convenções do Hotel Pestana Rio Atlântica (Av. Atlântica, 2964 – Copacabana).

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Mudo
As empresas de telecomunicação terão apenas 24 horas após o pedido do consumidor para cessar a prestação de serviço no Rio, se for aprovado o projeto de lei 1.237/99, de autoria do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB). A proposta não isenta o consumidor de pagamentos de débitos anteriores. “Não é admissível que o consumidor tenha que pagar por um serviço do qual ele pede o desligamento”, argumenta Picciani.

Nota oficial
“O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR) informa que carecem de fundamento as matérias veiculadas pela mídia versando sobre suposta investigação realizada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas contas e agenda do senhor presidente da República.”

Fico
O ministro Ciro Gomes rechaçou os boatos de que estaria abandonando o barco: “Não sairia do governo numa hora dessas”. Garantiu Ciro que “este não é um governo de pilantras”.

Pé de chinelo
Ladrões roubaram no final de semana R$ 150 milhões do Banco Central no Ceará.

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