Chefe de Direitos Humanos da ONU condena assassinatos de Israel na Cisjordânia

Chefe de Direitos Humanos da ONU condena assassinatos de Israel na Cisjordânia

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Menino ajoelhado em frente a túmulos em Gaza (Foto: Rizek Abdeljawad/Agência Xinhua)
Menino ajoelhado em frente a túmulos em Gaza (Foto: Rizek Abdeljawad/Agência Xinhua)

O chefe dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Volker Turk, pediu nesta terça-feira o fim do aumento acentuado da violência mortal na Cisjordânia, pedindo a responsabilização pelo assassinato de mais de 500 palestinos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) e colonos.

Os relatórios do Gabinete de Direitos Humanos da ONU indicam que 505 palestinos perderam a vida em confrontos violentos com Israel na Cisjordânia desde 7 de outubro de 2023.

“É incompreensível que tantas vidas tenham sido ceifadas de forma tão desenfreada”, disse o alto comissário, destacando que a verificação de fatalidades e a monitorização de mais de 80 casos pelo Gabinete dos Direitos Humanos da ONU indicaram violações consistentes do Direito Internacional dos Direitos Humanos no uso da força pelas FDI, caracterizado pelo uso desproporcional de força letal e um aumento evidente de assassinatos seletivos planejados.

Ele também mencionou que essas descobertas mostram a negação ou atraso sistemático da assistência médica aos gravemente feridos.

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“A violência das FDI e dos colonos israelenses, tendo como pano de fundo a escala de matança e destruição que continua em Gaza, incutiu medo e insegurança entre os palestinos na Cisjordânia ocupada”, disse o alto comissário.

As alegações de homicídios ilegais devem ser investigadas de forma completa e independente e os responsáveis devem ser responsabilizados, sublinhou Turk.

Israel acredita que mais de um terço dos reféns remanescentes em Gaza estão mortos, segundo contagem do governo, enquanto os EUA buscam avançar na recuperação desses reféns em uma proposta para acabar com a guerra contra o Hamas.

Segundo a Reuters, das cerca de 250 pessoas arrastadas para a Faixa de Gaza por homens armados palestinos liderados pelo Hamas, durante o ataque transfronteiriço de 7 de outubro que desencadeou a guerra, muitas foram libertadas em uma trégua em novembro, enquanto outras foram recuperadas – vivas ou mortas – pelas tropas israelenses.

A contagem do governo diz que 120 pessoas permanecem em cativeiro, 43 das quais foram declaradas mortas pelas autoridades israelenses com base em várias fontes de informação, incluindo denúncias de inteligência, vídeos ou de transeuntes e análise forense. Algumas autoridades disseram em particular que o número de mortos poderia ser maior.

Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, tornou pública uma proposta israelense para encerrar a guerra, segundo a qual alguns reféns seriam libertados durante um cessar-fogo preliminar. No entanto, os esforços de mediação para fechar esse acordo têm sido prejudicados, pois Israel insiste em retomar a campanha para destruir o Hamas, enquanto o grupo islâmico palestino exige um fim garantido para a guerra e a retirada de todas as forças de invasão.

Com informações da Agência Xinhua e da Agência Brasil, citando a Reuters

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