Chile sofre mais que Brasil

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Cepal mostra que déficit e dívida cresceram na América Latina

Apontado como modelo do rigor fiscal, o Chile sofreu em 2015 com a deterioração dos preços das commodities. Com isso, viu sua dívida pública aumentar 12 pontos percentuais em relação ao PIB, o terceiro maior aumento na América Latina, atrás apenas de Costa Rica (18) e Honduras (14) e à frente do Brasil, cujo débito subiu 7,6 pontos.
As contas são da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que calculou também o aumento no déficit fiscal dos países da região. No ano passado, a região registrou déficit de 3% do Produto Interno Bruto. O nível da dívida pública dos países latino-americanos passou de 33,2% do PIB, em 2014, para 34,7% em 2015.
O relatório indica que 11 de 19 países analisados aumentaram simultaneamente o déficit fiscal e a dívida pública. Desse grupo, segundo a Cepal, cinco países tiveram a deterioração mais acentuada. São eles o Brasil, Chile, Costa Rica, Peru e Paraguai.
A Cepal destacou que, embora o endividamento mostre queda substancial na América Latina quando comparado com o da década de 1990, a região começou a acumular dívida pública após a crise financeira de 2008. “Embora esse nível siga baixo em muitos países, a acumulação se deveu às necessidades de financiamento frente a um cenário de desaceleração”, destacou o documento.
Em 1990, a dívida pública externa equivalia a 90% da dívida total e, em 2015, diminuiu para 48%. A expansão do endividamento tem sido maior que a taxa de crescimento em vários países, o que “supõe maiores desafios de gestão para os próximos anos”.

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