A China assinou com a Arábia Saudita o 30º acordo de swap cambial estabelecido pelo Banco Central chinês desde 2014. O acerto, mais um passo na desdolarização, alcança 50 bilhões de yuans para posterior reembolso de 26 bilhões de riais (os montantes equivalem a cerca de US$ 7 bilhões).
O acordo destina-se a trocas comercias comércio entre os 2 países em suas moedas nacionais. A princípio, não inclui venda de petróleo, mas não se pode descartar que produtos petrolíferos sejam comercializados num futuro próximo.
O acordo de swap cambial vai na direção do que defendeu, em entrevista à agência Sputnik, o economista Sergey Glazyev, ministro da Integração e Macroeconomia da Comissão Econômica Eurasiática (CEE) da Rússia, que discorreu sobre a tendência global para a desdolarização e o seu pensamento sobre a criação de um novo moeda mundial.
O que já está em curso, disse Glazyev, é a transição para a utilização generalizada de moedas nacionais. “Este é um imperativo para nós; não podemos mais negociar com moedas ocidentais. Mas leva tempo para que os nossos parceiros apreciem plenamente os benefícios e a importância de uma transição para as moedas nacionais.”
Mas o grande passo necessário é criar uma moeda de liquidação global. “Temos o nosso próprio modelo de moeda de liquidação global que poderá substituir as atuais moedas de reserva do FMI. Pode ser construído com base numa cesta de moedas dos países do Brics e numa cesta de mercadorias”, disse o economista, acrescentando que o desenvolvimento de tecnologias digitais permitirão a mudança para pagamentos em moedas nacionais digitais já no próximo ano.
“As moedas digitais permitem a troca de mercadorias contornando os bancos. Pagamentos e liquidações são feitos através do blockchain [nada a ver com bitcoin ou outros derivativos especulativos]. Tudo isto poderia se tornar uma boa base para a introdução de uma nova moeda digital de liquidação internacional com base num acordo internacional”, sublinhou.
Ações via token
Com pouco mais de um ano de operação, a BEE4, primeiro mercado regulado do Brasil para negociação de ações tokenizadas de PMEs, anunciou as primeiras corretoras que irão se conectar ao seu ecossistema: Itaú e Genial Investimentos.
As instituições devem iniciar a distribuição de IPOs nos próximos meses, enquanto trabalham nos processos para viabilizar as negociações no secundário no início de 2024. A BEE4 espera viabilizar a listagem de mais empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
As 2 corretoras vão atuar com perfis de investidores diferentes: Itaú vai abrir a negociação para seus clientes Private (com mais de R$ 15 milhões em investimentos), enquanto a Genial Investimentos pretende focar no varejo.
Brasil–China: 50 anos
Os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China, em 2024, são abordados pelo embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, na 2ª parte da entrevista em Diálogo Para O Novo Futuro, produzido pela Agência de Notícias Xinhua. Qingqiao fala também da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI).
Rápidas
Ricardo Benevides, escritor e professor da Facha, está na semifinal do Prêmio Jabuti, na categoria juvenil, com o seu livro Os meus monstros e os seus *** O Ciclo Empreendedor Universitário (CEU) apresentou uma proposta técnica para o desenvolvimento socioeconômico do município de Paraty (RJ). Intitulado “Do Mar à Mesa”, o trabalho propõe a realização de uma pesquisa aplicada para o desenvolvimento socioeconômico local. O projeto foi aprovado pelo prefeito Luciano de Oliveira Vidal *** A Associação Brasileira de Franchising RJ (ABF Rio) traz no próximo dia 28 uma palestra sobre as melhores práticas de vendas via WhatsApp, ministrada por Leandro Figueiras. Mais informações: WhatsApp (21) 97138-9946.
