China aumenta emissão de títulos para financiar projetos de infraestru

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A China prevê ampliar a emissão de títulos especiais do governo local como parte das políticas fiscais mais proativas para compensar o impacto econômico do surto da doença do coronavírus (covid-19), anunciou o Ministério das Finanças (MOF) nesta sexta-feira. Até a última terça-feira, o valor dos títulos especiais do governo local emitidos este ano totalizou 1,08 trilhão de iuanes (US$ 151,9 bilhões), subindo 63% em termos anuais.

A venda de títulos especiais será usada para financiar projetos como instalações de transporte, obras de conservação de água e parques industriais, disse Xu Hongcai, vice-ministro das Finanças, adiantando que deve ser dada prioridade às regiões com grandes projetos e baixos riscos, O país também mobilizará investimentos para reforçar serviços públicos de saúde, educação profissional, serviços municipais e de antigas áreas residenciais urbanas, destacou ele.

A agência Xinhua reportou que o MOF já havia alocado 1,29 trilhão de iuanes em novas cotas de títulos especiais do governo local antes do previsto para apoiar a economia atingida pelo vírus, mas uma reunião executiva do Conselho de Estado na terça-feira decidiu aumentar ainda mais a emissão para apoiar investimentos efetivos.

Xu atribuiu importância à “nova infraestrutura”, incluindo rede 5G, centro de dados, inteligência artificial e internet industrial. Os governos locais também são incentivados a atrair a participação de mais capital social, acrescentou o vice-ministro.

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Negócios

 

O choque à economia global causado pelo surto será severo”, disse Liu Guoqiang, vice-presidente do Banco Popular da China (BPC), em uma entrevista coletiva, acrescentando que o surto já impôs pressões sobre cadeias industriais, comércio e expectativa do mercado.

No entanto, até agora, o choque da epidemia parece ser menos grave do que o da crise financeira global em 2008, observou Liu, citando que os mercados acionários globais caíram em 2008. Apontando sinais positivos em março, disse que o impacto na economia chinesa será de curta duração.

 

Choques inevitáveis

 

Com ferramentas adequadas e amplo espaço de políticas, as instituições bancárias são capazes de enfrentar os choques inevitáveis, com a baixa taxa de empréstimos inadimplentes e a taxa de cobertura de provisões situando-se em 1,86% e 186,08%, respectivamente, disse Liu.

Para o próximo passo, o BPC manterá uma liquidez do mercado razoavelmente suficiente para atender à demanda prática e evitar a escassez de caixa ou a inflação crescente, e o aumento da oferta monetária M2 e do financiamento agregado deve corresponder ou ser ligeiramente superior ao crescimento nominal do PIB, disse. É necessária uma consideração cuidadosa para decidir sobre o ajuste das taxas de juros de depósitos, como um estabilizador no sistema de taxas, observou.

Em relação à nova cota de reempréstimos e redescontos, anunciada anteriormente, de um trilhão de iuanes para bancos de pequeno e médio porte, disse Liu, o fundo será implementado sem taxas requeridas, considerando o processo de recuperação.

Ele disse que o BPC continuará mantendo a liquidez em um nível razoável e amplo, promovendo a reforma da principal taxa de empréstimo, a nova taxa referencial de empréstimos orientada ao mercado da China e guiando os bancos para direcionar parte de seus lucros à economia real e reduzir os custos de empréstimos para aliviar a tensão de financiamento para as empresas menores.

 

 

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