China bate recorde de investimentos no Brasil

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Uma foto aérea de drone tirada em 15 de janeiro de 2024 mostra navios em um terminal de minério do porto de Tangshan, na província de Hebei, norte da China. (Xinhua/Yang Shiyao)

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou, nessa segunda-feira (17) o Perfil de Comércio e Investimentos China 2025, estudo que detalha a relação econômica e as oportunidades de negócios entre os dois países. O levantamento aponta que a China manteve sua posição como principal investidor asiático no Brasil, com um estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED) de US$ 45,3 bilhões em 2023, um crescimento de 22,1% em relação a 2022.Com o resultado, a China se posiciona como 9º maior investidor no Brasil, conforme dados oficiais do Banco Central do Brasil.

Segundo o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), esse número pode ser ainda maior, na ordem estimada de US$ 73 bilhões, o que tornaria a China o quinto maior investidor no Brasil em termos de estoque total, atrás apenas de Estados Unidos, Países Baixos, França e Espanha, respectivamente. Desde 2021, o volume de investimentos chineses no país vem registrando recordes anuais. Entre 2014 e 2024, foram anunciados 137 projetos de investimento greenfield com capital chinês no Brasil, totalizando US$ 10,6 bilhões. Os investimentos se concentram nos setores de energia, infraestrutura e indústria automotiva.

A China foi o principal destino das exportações brasileiras em 2024, respondendo por 28% do valor total exportado e por 41,4% do superávit comercial do Brasil. O Brasil se consolidou como o maior fornecedor de soja, carne bovina, celulose, açúcar e carnes de aves para o mercado chinês. No entanto, as exportações seguem concentradas em commodities, com soja (33,4%), petróleo bruto (21,2%) e minério de ferro (21,1%) representando 75,6% do total exportado. O estudo sublinha a necessidade de diversificação e aumento do valor agregado das exportações para a China.

A ApexBrasil identificou 400 oportunidades para ampliar as exportações brasileiras no país asiático, incluindo produtos como aço, cobre, trigo, café, máquinas, equipamentos e medicamentos. Outro estudo da Agência também aponta potencial em cidades chinesas de nível 2, menos exploradas por exportadores brasileiros.

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Setor automotivo

Em 2024, a China foi a maior fornecedora do Brasil, representando 24,2% das importações totais de bens, quatro vezes a participação registrada em 2004. Entre os produtos mais importados estão veículos elétricos e híbridos, equipamentos de telecomunicações e máquinas industriais.

As tensões comerciais nos mercados da Europa e dos EUA têm suscitado a busca por diversificação na estratégia de expansão global das montadoras chinesas, que têm buscado internacionalizar sua produção.

A partir de 2025, montadoras chinesas BYD e GWM iniciarão a fabricação de veículos elétricos e híbridos no Brasil, em Camaçari (BA) e Iracemápolis (SP), respectivamente, com incentivo do Programa Mover, o que tende a reduzir as importações brasileiras desses produtos. Quer saber mais sobre oportunidades, tendências de comércio, questões de acesso a mercado? O Perfil de Comércio e Investimentos China 2025 está disponível para consulta gratuita no site da ApexBrasil.

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