China continuará sendo a ‘fábrica do mundo’

Levará tempo até que a China deixe de ser a ‘fábrica do mundo’, analisa Prêmio Nobel de Economia.

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Foto de drone mostra pessoas trabalhando em uma fábrica de autopeças na cidade de Liuyang, Província de Hunan, no centro da China, em 1º de fevereiro de 2024
Foto de drone mostra pessoas trabalhando em uma fábrica de autopeças na cidade de Liuyang, Província de Hunan, no centro da China, em 1º de fevereiro de 2024. (Xinhua/Chen Zeguo)

O protecionismo voltou com força nos EUA e Europa, às vezes disfarçado de “segurança nacional”, outras embalado pela miragem do “excesso de capacidade”. Mas o movimento não tirou – e nem vai tirar, por tempo considerável – o status da China como a “fábrica do mundo”, analisou o ganhador do Prêmio Nobel de Economia Michael Spence em entrevista publicada na segunda-feira (12) ao South China Morning Post.

“Não há substituto para a China no momento”, disse o economista ao compartilhar sua visão sobre o papel da China como a “fábrica do mundo” e prever o futuro da economia do país. Para Spence, “levará um tempo considerável até que estejamos dispostos a dizer que a China não é a fábrica do mundo”.

Ele acredita que, em parte por causa do próprio crescimento e desenvolvimento da China e em parte devido ao crescimento de outras economias, com o tempo, “veremos capacidades de manufatura mais dispersas em muitas categorias”.

A China é líder em tecnologia de energia solar, veículos elétricos, baterias, telecomunicações e muito mais. As exportações de elementos-chave da transição energética estão sendo bloqueadas pelos países ocidentais. “É difícil inventar um argumento de segurança nacional para isso. Provavelmente é um erro, certamente do ponto de vista do cumprimento das metas de sustentabilidade”, acrescentou o Prêmio Nobel.

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O Império contra-ataca?

O investimento em instalações fabris nos EUA atingiu US$ 19,7 bilhões em junho, 18,6% a mais que em junho de 2023, quase o dobro do nível do mesmo mês de 2022 e mais de 200% em relação a junho de 2019, antes da pandemia. Os dados são do Census Bureau e englobam a construção dos edifícios e outras instalações semelhantes, não o custo do equipamento de fabricação e sua instalação.

Efeitos do protecionismo, da guerra comercial com a China ou da expansão da produção militar?

O senhor das armas

Os Estados Unidos aprovaram o fornecimento de US$ 20 bilhões em armas para Israel. Diz o Pentágono que serão entregues a longo prazo.

Rápidas

A Fundaj inaugura nesta quinta-feira a exposição Elas, com cerca de 300 itens produzidos ou reunidos por mulheres. A mostra ficará no Museu do Homem do Nordeste; entrada gratuita *** Bernardo Vilhena lança seu primeiro romance, Vidas em Transe (Rebento Editora, 2024) nesta segunda-feira (19), às 19h, na Livraria da Travessa de Pinheiros (SP). O autor é poeta e cocompositor de sucessos de Ritchie e Cazuza, entre outros *** Nesta quinta-feira, 19h30, o Shopping Jardim Guadalupe promove o projeto musical “Essas Mulheres” com a cantora Ana Ramos *** Club&Casa Design realizará palestra com o designer Dror Benshetrit na Feira Construir AI, de Santa Catarina. O urbanista israelense discutirá o Bio Planejamento no dia 21, às 18h30 *** O estudo “Biomarcadores sanguíneos para detectar a doença de Alzheimer em cuidados primários e secundários” publicado no Journal of American Medical Association (JAMA) concluiu que o exame PrecivityAD2 pode diagnosticar a doença de Alzheimer com mais precisão do que a interpretação de médicos. No Brasil, o teste é disponibilizado com exclusividade pelo Grupo Fleury *** O papel do Judiciário no sistema democrático é debatido no livro …E os juízes foram embora de Berlim, que será lançado no IAB nesta sexta-feira, às 17h.

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