O governo da China rejeitou na segunda-feira, 3 de novembro, as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o país estaria conduzindo testes nucleares de forma secreta. Em resposta, Pequim afirmou estar em total conformidade com a moratória internacional sobre testes atômicos e reiterou seu compromisso com o desenvolvimento pacífico da energia nuclear.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, destacou que a China, como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e potência nuclear responsável, mantém uma política de “não utilização pela primeira vez” e uma “estratégia nuclear defensiva”.
A China honra seu compromisso com a moratória dos testes nucleares e está disposta a trabalhar com todas as partes para garantir o cumprimento do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT)
declarou Mao, segundo o jornal Global Times.
A diplomata também cobrou que os Estados Unidos “cumpram suas obrigações” previstas no CTBT e “respeitem a estrutura internacional de desarmamento e não proliferação nuclear”, a fim de preservar o equilíbrio estratégico e a estabilidade global.
As declarações foram uma resposta às recentes falas de Trump, que afirmou ter autorizado a retomada de testes nucleares nos Estados Unidos “em razão dos programas de testes de outros países”. Em entrevista à emissora CBS, o ex-presidente insistiu que “Rússia e China estão realizando testes nucleares secretos”.
“A Rússia está testando, e a China também. Mas eles não falam sobre isso. Nós somos uma sociedade aberta — falamos sobre tudo. Eles não têm jornalistas que fariam reportagens sobre isso, mas nós temos”, afirmou Trump.
Um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA, divulgado em agosto, indicou que o país poderia realizar testes de armas nucleares em um prazo de 24 a 36 meses após a autorização presidencial. Desde 1996, no entanto, nem os Estados Unidos, nem a Rússia, nem a China realizaram testes nucleares — o último deles pela China, naquele ano; pela Rússia, em 1990; e pelos EUA, em 1992.
Fonte: EuropaPress
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