China pretende expandir alcance e fortalecer ‘soft power’

Documento para o 15º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social propõe mais cooperação e intercâmbio cultural.

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Turistas da Austrália posam para fotos no Parque Tiantan (Templo do Céu), em Beijing, capital da China, em 1º de maio de 2025
Turistas da Austrália posam para fotos no Parque Tiantan (Templo do Céu), em Beijing, capital da China, em 1º de maio de 2025. (Xinhua/Ju Huanzong)

A China buscará ampliar seu alcance global e aumentar o apelo de sua civilização, de acordo com um plano estratégico que guiará o desenvolvimento do país nos próximos cinco anos. Tarefas e medidas para fortalecer o soft power da China foram delineadas nas Recomendações do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCCh) para a Formulação do 15º Plano Quinquenal de Desenvolvimento Econômico e Social, que foram adotadas em uma plenária do Partido na semana passada e divulgadas nesta terça-feira.

Este documento defende intercâmbios culturais mais profundos e aprendizado mútuo entre civilizações, incentivando uma interação e cooperação mais amplas entre os povos. Também promete apoio para levar mais empresas culturais chinesas e obras culturais de alta qualidade ao cenário global.

Fan Zhou, especialista do Ministério da Cultura e Turismo, observou a crescente vitalidade das trocas culturais entre a China e o resto do mundo, impulsionadas pela popularidade global da cultura pop chinesa – de dramas televisivos e literatura ao entretenimento digital – e pela crescente tendência de turismo na China.

“Guiados por essas recomendações, serão feitos esforços para apresentar ao mundo obras chinesas mais ricas culturalmente, que reflitam a época e tenham uma perspectiva global, e para promover intercâmbios vibrantes entre civilizações”, disse Fan.

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Notavelmente, essas recomendações também enfatizam a melhoria dos mecanismos e instituições para a comunicação internacional – e o fortalecimento dos estudos de países e regiões para tornar o alcance global mais eficaz.

“Espera-se que uma estrutura multidimensional e multinível para a comunicação internacional tome forma, permitindo que o mundo ouça melhor a voz da China e compreenda sua história”, disse Leng Song, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Os esforços de comunicação internacional da China caminharão para maior sofisticação e profissionalismo, acrescentou Leng, com foco em aprimorar seu apelo e impacto.

Agência Xinhua

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