A China estuda criar um sistema de reserva de capacidade de carvão até 2027, com o objetivo de garantir a segurança energética por meio de suprimentos de carvão mais flexíveis, de acordo com planos divulgados pelo país nesta sexta-feira.
O carvão mineral é a fonte predominante de geração de energia elétrica na China, tendo respondido por 61% dessa matriz em 2022. Com ondas de calor recentes, um alerta adicional foi aceso naquele país: o consumo de energia, puxado pelos aparelhos de ar-condicionado, está aumentando. A resposta para a demanda é queimar ainda mais carvão, segundo reportagem do The New York Times, publicada no ano passado.
Segundo a agência Xinhua, até 2030, o país afirma que irá se empenhar em atingir uma reserva anual de capacidade de carvão de 300 milhões de toneladas que sejam despacháveis e em melhorar a capacidade e a flexibilidade dos suprimentos de carvão, de acordo com um documento divulgado em conjunto pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e pela Administração Nacional de Energia (ANE).
O estabelecimento do sistema de reserva de capacidade de carvão permitirá a rápida liberação da capacidade de produção de carvão em situações extremas, como flutuações severas no mercado internacional de energia, condições climáticas adversas e mudanças drásticas na estabilidade da oferta e da demanda, garantindo o fornecimento suficiente de carvão nessas circunstâncias, de acordo com um funcionário da ANE.
O sistema também pode alavancar melhor o papel fundamental da energia a carvão na geração de energia, promover o desenvolvimento de alta qualidade de energia nova e facilitar a transformação verde e de baixo carbono do setor de energia, acrescentou o funcionário .
Há muito tempo, o carvão tem sido o principal combustível da China. O país extraiu 4,66 bilhões de toneladas de carvão no ano passado, um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde. A reserva de capacidade de carvão é reservada apenas para situações extremas e permanece inativa em condições normais, de acordo com a ANE.
