Chinesa Spic fica com 33% de dois projetos do Porto do Açu

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Foi divulgado nesta segunda-feira que a Spic Brasil, subsidiária da elétrica chinesa State Power Investment Corp, fechou um acordo vinculante para comprar inicialmente 33% dos projetos GNA I e GNA II, localizados no Porto do Açu (RJ), que totalizam 3 GW em capacidade de geração de energia a partir de gás natural liquefeito (GNL).

Conforme a Reuters, o valor do contrato com a Spic não foi divulgado. No Brasil, a companhia chinesa possui usinas eólicas e a hidrelétrica de São Simão, em Goiás, adquirida em um leilão em 2017. Tem ainda atuação em diversos países do mundo.

A Gás Natural Açu (GNA) é uma joint venture entre a bp Brasil, Prumo Logística (empresa brasileira controlada pela EIG Global Energy Partners), e a Siemens, dedicada ao desenvolvimento, implantação e operação de projetos estruturantes e sustentáveis de energia e gás. O complexo do Açu tem projeção de investimentos de US$ 5 bilhões.

As térmicas GNA I e GNA II, atualmente em construção, são consideradas o maior complexo de geração de energia a gás da América Latina, segundo as empresas. Ambas já possuem contratos de longo prazo para venda da produção, obtidos em leilões do governo para novos projetos de energia.

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O parque termelétrico oferecerá uma série de soluções logísticas para o mercado de óleo e gás brasileiro.

A bp é a fornecedora exclusiva do gás natural liquefeito, GNL que abastecerá o projeto. Em sua fase atual, o projeto compreende a implantação de duas térmicas movidas a gás natural (GNA I e GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada, além de um terminal de regaseificação de GNL, de 21 milhões de metros cúbicos/dia. A Siemens é a responsável pela construção das térmicas, pelo fornecimento de turbinas a gás e a vapor e caldeiras de resfriamento, bem como pela operação e manutenção das usinas.

De acordo com descrição da GNA, juntas, as duas usinas termelétricas gerarão energia suficiente para atender 14 milhões de residências, o equivalente ao consumo residencial dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo juntos.

 

Regaseificação

 

O complexo também inclui um terminal de regaseificação de GNL com capacidade total de 21 milhões de m3/dia. A primeira usina, GNA I, que tem uma capacidade instalada de 1,3 GW, deve começar a operar na primeira metade de 2021.

A SPIC também firmou um contrato para participação nos futuros projetos de expansão GNA III e GNA IV, que preveem a utilização combinada do GNL e de gás doméstico das vastas reservas de pré-sal do Brasil.

O fechamento do contrato, previsto para o último trimestre de 2020, está sujeito ao cumprimento de certas condições precedentes comuns a este tipo de transação. “O contrato reforça o potencial dos projetos de expansão GNA III e GNA IV, bem como a estratégia do hub de gás doméstico e de projetos de energias renováveis”, informaram as empresas envolvidas.

 

 

 

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