Classe média

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“A curto prazo, um dólar barato reduz os riscos dos credores que emprestaram seu dinheiro no Brasil, e com isso o risco Brasil diminui. O governo e parte da imprensa comemoram como se se tratasse da economia brasileira, e não é o caso. Ao contrário.” Essa política é mantida para tirar do buraco empresas que se endividaram em dólar, no Real, e porque “ajuda a conter a inflação e estimula o consumo da classe média e a acomoda politicamente”, analisa o prefeito do Rio, Cesar Maia.

Subsídio
A política de dólar baixo implicou um subsídio implícito de US$ 9 bilhões, que favoreceu quem remete lucros e dividendos e quem investe (capitais brasileiros) fora do Brasil, produzindo emprego lá fora. A conta é de Cesar Maia, que, em seu Ex-blog, detalha: em 2006, os investimentos de empresas brasileiras no exterior bateram recorde e superaram US$ 20 bilhões. “Supondo, generosamente, que antes alcançavam US$ 5 bilhões, teremos um acréscimo de 15 bilhões”, calcula o prefeito carioca. No caso das remessas de lucros e dividendos, a alta foi de US$ 10 bilhões. Total: US$ 25 bilhões.
Um dólar considerado pelos exportadores como aceitável, diz Maia, deveria estar, no mínimo, no patamar nominal da Argentina, ou seja, em R$ 3. Uma diferença de R$ 0,80 centavos entre os câmbios brasileiro e argentino. “Ou seja, 36% de subsídio. Se aplicamos estes 36% sobre os US$ 25 bilhões de acréscimo dos fluxos financeiros, teremos US$ 9 bilhões este ano”.

Estado ausente
A notícia – a princípio, equivocada – de que os ataques na madrugada desta quinta-feira no Rio foram uma reação a supostas milícias que atuariam nas favelas parece que partiu de uma ONG que defende os traficantes. O erro contagiou o prefeito do Rio, Cesar Maia, que afirmou que o tráfico, sufocado, parte para fazer roubos e outros crimes. Nessa teoria, seria simples a solução para a segurança: deixar os traficantes agirem à vontade nas favelas e ficarem longe do asfalto.

Marcha lenta
Após cinco anos consecutivos de recordes de vendas, as vendas globais de automóveis devem ficar estáveis em 2007, à medida que a desaceleração do crescimento econômico reduza as vendas nos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental e Japão. De acordo com o Relatório Global sobre Automóveis (Global Auto Report) divulgado pela Scotia Economics, as compras de veículos na China, Índia e América Latina continuarão em ritmo acelerado.
“As vendas de carros na China dispararam quase 40% em 2006, atingindo 4,1 milhões de unidades, superando as vendas de 3,4 milhões na Alemanha. A maioria do crescimento se concentra em carros de passeio de porte médio e pequeno, que representam agora dois terços das vendas totais de carros na China, o dobro da sua participação ao final do milênio”, declarou Carlos Gomes, especialista no setor de automóveis do Scotiabank.

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Nacionais
A China deve superar o Japão e se tornar o segundo maior mercado de carros do mundo (após os Estados Unidos) antes do final da década. A penetração de veículos no mercado da China continua sendo de 24 para cada 1 mil habitantes, em comparação com 749/mil nos mercados maduros do grupo G7.
As marcas estrangeiras respondem por 75% do mercado de carros na China, mas os fabricantes nacionais de carros chineses (Geely, Chery e outros) estão conquistando uma participação significativa no mercado, justamente com modelos de pequeno e médio porte, que apresentam ganhos anuais de vendas superiores a 50%.

Peru lidera
O Brasil e o México são os maiores mercados de automóveis na América Latina, mas o Peru é o mercado de crescimento mais rápido da região. Durante os três primeiros trimestres de 2006, as vendas de veículos no Peru aumentaram 41%.

Barbárie
Depois das agências reguladoras e seus efeitos desastrosos para a economia e para os consumidores, o Brasil vive nova-velha forma de terceirização do Estado: as milícias formada por policiais e ex-policiais que substituíram os traficantes em comunidades carentes. Na verdade, apenas uma versão contemporânea dos jagunços e outros “protetores” menos afamados.

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