Claudia Sheinbaum Pardo tomou posse nesta terça-feira como a primeira mulher presidente do México, durante uma cerimônia solene no Congresso da União, para o período 2024-2030. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceu à solenidade.
Sheinbaum, de 62 anos, venceu as eleições de junho com uma ampla maioria, tornando-se a primeira mulher a tomar posse em pouco mais de 200 anos de República independente. Em sua primeira mensagem à nação como presidente, afirmou que o México iniciou uma era de mudanças, na qual as mulheres são protagonistas.
Em seu discurso, Sheinbaum elogiou a carreira política de seu antecessor, López Obrador, e seus resultados como presidente, descrevendo-o como um democrata, patriota e seguidor das ideias de grandes heróis da história do México.
Durante o seu discurso, que em diversas ocasiões foi interrompido por aplausos e vivas, a presidente mexicana reafirmou o seu compromisso em continuar e aprofundar as conquistas do governo que terminou. Entre essas conquistas mencionou a redução da pobreza, do desemprego e da desigualdade, bem como o aumento do bem-estar das famílias mexicanas.
Disse que o novo Governo dará continuidade à chamada Quarta Transformação da vida pública do país, o que o levará a continuar a desenvolver-se de forma independente e autônoma, tendo as pessoas como centro da sociedade.
A presidente do México garantiu no seu primeiro discurso a proteção dos direitos da população em áreas como a saúde e a educação, além de dar importância ao desenvolvimento econômico e à proteção dos recursos naturais, bem como ao combate à corrupção e à discriminação.
Sheinbaum, cientista e política, venceu as eleições de 2 de junho como candidata do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), no poder, com uma ampla vantagem sobre os seus adversários políticos. O seu Plano de Governo assenta em 17 pontos, entre os quais se destaca a manutenção da chamada “austeridade republicana”, bem como o fortalecimento dos programas sociais e educacionais.
Na política externa, pretende manter acordos comerciais bilaterais, bem como o acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC) com o objetivo de garantir a chegada de investimentos ao país.
Com informações da Agência Xinhua