Foi oficialmente registrada em novembro no Brasil a maior temperatura deste ano: o município mineiro de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, a 678 km de Belo Horizonte, alcançou uma marca histórica de 44,8°C conforme apontado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Os dados analisados indicam que este verão pode ser um dos mais quentes da história, marcando o auge do El Niño. A cidade de São Paulo, por exemplo, registrou a sua maior temperatura de 2023, atingindo 36,9°C, sendo considerada a temperatura mais elevada já registrada para o mês desde o início das medições do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), da prefeitura, há 19 anos.
Segundo Eduardo Leal, secretário-executivo da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), cada um dos mais de 2.000 produtos classificados possui suas particularidades, com características únicas que devem ser observadas durante o deslocamento. Em períodos extremamente quentes, alguns produtos podem acarretar riscos como combustão espontânea, aumento da pressão nos recipientes, degradação da embalagem e até possíveis vazamentos.
Além disso, o clima elevado prejudica o agronegócio da Região Sul: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou recentemente seu primeiro prognóstico para a safra de 2024 e estimou 308,5 milhões de toneladas em grãos, cereais e leguminosas. Caso se confirme, a produção deverá ser 2,8% inferior à deste ano.
Os fenômenos climáticos causam grande impacto diretamente nas mercadorias e na saúde das pessoas; por outro lado, o agravante também surge nas ferramentas de trabalho no segmento do transporte, se tratando do desgaste dos caminhões.
Ja a Associação do Transporte Aéreo Internacional (Iata) divulgou os resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga de outubro de 2023, que foi o terceiro mês consecutivo de demanda mais forte em relação ao ano anterior.
A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro, aumentou 3,8% em relação aos níveis de outubro de 2022. Nas operações internacionais, o aumento da demanda foi de 3,5%.
A capacidade, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro, aumentou 13,1% em relação a outubro de 2022 (11,1% nas operações internacionais). Essa melhoria está relacionada ao aumento da capacidade de carga em voos de passageiros. A capacidade internacional aumentou 30,5% em relação ao ano anterior, impulsionada pelo fortalecimento dos mercados de passageiros.
As atividades econômicas desaceleraram em outubro. Os índices PMI de manufatura e PMI de novos pedidos de exportação das principais economias (excluindo os EUA) ficaram abaixo da marca crítica de 50, indicando desafios econômicos no futuro.
A inflação nas principais economias avançadas continuou diminuindo desde o seu pico no que diz respeito ao Índice de Preços no Consumidor (IPC), atingindo em outubro entre 3% e 4% nos EUA e na União Europeia, respectivamente. O IPC da China, no entanto, indicou deflação pela segunda vez neste ano, gerando preocupações de uma desaceleração econômica.
O comércio global inverteu a sua trajetória descendente e estabilizou em setembro. Embora abaixo do seu pico de 2022, o comércio internacional global está mais de 5% acima dos níveis pré-pandemia.
Após o declínio contínuo de 17 meses, os rendimentos de carga aumentaram em setembro e continuaram em outubro com um ganho mensal de 2,6%, permanecendo bem acima dos níveis pré-pandemia.
Segundo o estudo, as transportadoras da América Latina registraram aumento de 4,0% nos volumes de carga em outubro de 2023 ante outubro de 2022, um aumento importante em comparação com o ganho do mês anterior (2,3%). A capacidade em outubro aumentou 8,3% em relação ao mesmo mês de 2022.
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