CNC: percentual de famílias endividadas cai em março e chega a 60,3%

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou a segunda queda consecutiva em março e mostra que 60,3% das famílias estão endividadas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Embora o total seja menor do que o registrado em fevereiro, de 60,8%, ele é maior do que o percentual em março de 2015, 59,6%.
– Esse resultado é o menor patamar desde março do ano passado e evidencia a retração do consumo, observada nos últimos meses, aliada a uma cautela maior do consumidor, que está atento às taxas de juros mais elevadas e ao cenário menos favorável do mercado de trabalho – avalia a economista da CNC Marianne Hanson.
Apesar do recuo do percentual de famílias endividadas, o total dos que possuem dívidas ou contas em atraso aumentou na comparação mensal, de 23,3% para 23,5%. Na comparação anual, essa diferença é ainda maior, já que, em março de 2015, esse total era de 17,9%. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes teve uma redução apenas na comparação mensal, atingindo 8,3% em março ante 8,6% em fevereiro de 2016 e 6,2% em março de 2015.
A comparação mensal também mostra um aumento das que se declararam muito endividadas – 14,3% em março ante 13,8% em fevereiro. Em relação a março de 2015, houve alta de 3,7 pontos percentuais. Os cartões de crédito continuam no topo da lista dos tipos de dívida, com 77,3% das famílias endividadas. Em seguida estão os carnês, com 16,7%, e os financiamentos de carro, com 12%.
O tempo médio de atraso nas dívidas foi de 62,6 dias em março de 2016 – acima dos 59,9 dias de março de 2015. O tempo médio de comprometimento com dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,5%, por mais de um ano. Do total das famílias que têm dívidas, 24,1% destina mais da metade de sua renda mensal para o pagamento destas.

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