CNI: indústria teve retomada moderada em março

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Indústria máquinas (foto de José Paulo Lacerda, CNI)
Indústria máquinas (foto de José Paulo Lacerda, CNI)

Os indicadores industriais de março, medidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que a atividade industrial de março foi positiva e compensou parte das perdas de fevereiro. O faturamento cresceu 2,2% em março e recuperou mais da metade da queda de 3,6% em fevereiro. As horas trabalhadas aumentaram 0,9% em março. O emprego registrou o oitavo mês de avanço consecutivo.

“Os dados de março revertem parcialmente as perdas de fevereiro e mostram que a atividade industrial se mantém acima do pré-pandemia. As altas da atividade são expressivas na comparação com março de 2020, quando a indústria enfrentava a necessidade de paralisar suas operações por conta da pandemia”, diz o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Além disso, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se mantém patamar elevado, em 81,1%. Alta de 0,4 pontos percentuais em relação a fevereiro e consolida um nível persistentemente superior ao pré-crise. Na comparação com março de 2020, a UCI está 4,8 pontos percentuais maior.

Já segundo o vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, a “indústria não pode esperar mais por uma reforma tributária”. Segundo ele, a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de suspender a comissão da Câmara dos Deputados que analisava a reforma tributária, causou consternação entre a classe industrial, que foi pega de surpresa.

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“Após três décadas de discussões sobre a urgência da reforma tributária, pauta de extrema importância para a retomada de crescimento do país, recebemos essa notícia inesperada. A decisão abrupta do presidente da Câmara causa preocupação em todo o setor produtivo”, disse Roriz.

“Nos impressiona que um assunto de tamanha importância esteja sendo conduzido de forma não prioritária e sem parâmetros técnicos, opções equivocadas que anulam o potencial econômico do país”, afirmou Roriz. Segundo ele, que é candidato a presidente do Ciesp pela Chapa 1, o Brasil não pode mais esperar pela reforma tributária. “Os investimentos não vão ficar esperando o país definir qual será o seu regime tributário; eles simplesmente vão deixar de existir ou vão embora do Brasil.”

O presidente da Câmara deve instalar uma nova comissão com integrantes diferentes dos que formam o colegiado atual, além da escolha de um novo relator. Lira deve anunciar ainda que pode utilizar a contribuição técnica e jurídica dos debates já feitos sobre o tema.

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