CNI não admite reduzir gastos financeiros do governo

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CNI, oficialmente, é Confederação Nacional da Indústria. Mas ficaria mais adequado chamar de Confederação Nacional de Investidores (no mercado financeiro). A entidade pouco tem feito para recuperar a produção brasileira. Prefere ficar repetindo os mantras do mercado. Entre eles, a reforma da Previdência.

A pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela CNI vai nessa direção. Os números foram torturados para aparentarem um apoio inexistente. Mas os dados eram tão eloquentes que não foi possível escapar da constatação de que o brasileiro admite mudanças na Previdência, mas não aquelas que constam na proposta do Governo Bolsonaro.

Uma das perguntas da pesquisa feita pelo Ibope para a CNI ilustra a rendição ao rentismo da entidade supostamente da indústria. A questão era: “Caso não seja possível aumentar impostos para complementar os recursos da Previdência, o governo deveria gastar menos com pagamento de aposentadorias e pensões ou reduzir recursos de outras áreas? (Se reduzir recursos) De qual área?

Nada menos do que 76% optaram por reduzir recursos. Mas onde? Bem, o questionário dava como opções saúde, educação, segurança, programas sociais (Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida), investimentos em infraestrutura e nenhuma das áreas apresentadas/outras. Não colocou como alternativa a redução dos gastos financeiros.

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Pois um em cada quatro (24%) optaram por “outras”. Quais? A pesquisa não informa, nem deixa informar. Ao lado do questionário, vinha a determinação ao pesquisador: “não especificar”.

 

Mais de cinco

A propaganda do governo é de que a reforma da Previdência acabará com privilégios. Mas a pesquisa CNI/Ibope mostra que o parco apoio às propostas vem dos “privilegiados”. O recorte por renda mostra que 67% dos que ganham acima de cinco salários mínimos (marajás, claro) têm amplo conhecimento ou ao menos conhece os principais pontos da proposta. Destes, há um empate técnico: 47% a favor e 45% contra a reforma.

Na parcela da população que ganha de um a dois salários mínimos o conhecimento é menor (33%), e a oposição é avassaladora: 54% a 35%.

 

Negócio da saúde

As operadoras de seguro e planos de saúde estão faturando mais este ano. No final de 2018, a diferença entre as receitas e as principais despesas era de R$ 2,3 bilhões. O número passou para R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2019, apesar da leve queda no número de beneficiários (de 47,2 milhões em dezembro para 47 milhões em março, 200 mil clientes a menos). A sinistralidade caiu de 84,7% para 83,2%. Os dados são da ANS.

 

Nova direção

O ex-subsecretário de Transporte Delmo Pinho será nomeado secretário da Pasta pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

 

Mulher nas empresas

A participação feminina nas empresas familiares subiu de 21% em 2017 para 31% em 2018, de acordo com a última edição da pesquisa “Retratos de família”, realizada pela KPMG. O estudo contou com a participação de 217 empresas familiares de 19 estados de todas as regiões do país. Os dados do levantamento mostraram que um número significativo de mulheres ainda não ocupa uma posição de destaque, mas que houve leve queda: 45% em 2018 e 41% em 2017.

A pesquisa está em assets.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2018/11/br-retratos-de-familia-3a-edicao.pdf

 

Vermelho

Líder do Democratas na Câmara, Elmar Nascimento se candidata a liderar a oposição. Na votação que detonou a entrega do Coaf a Moro, o deputado disparou: “Governos autoritários que o mundo presenciou surgiram sob o argumento de combate à corrupção”.

 

Rápidas

Em 16 e 17 de maio, a Universidade Veiga de Almeida abrirá as portas para mais uma edição da Semana da Comunicação, evento realizado por alunos. O tema desse ano será “50 anos do plano piloto da Barra da Tijuca”. Mais em facebook.com/SECOMBARRA/ *** A Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha do Brasil realizará em 27 de maio, no Centro de Convenções RB1, no Rio de Janeiro, o seminário “Modelo de Administração Portuária Landlord: Oportunidades e Desafios”, das 9h às 17h *** Começa nesta sexta e vai até domingo o Valqueire Rock Cover, que reúne gastronomia e bandas cover, de Red Hot Chilli Peppers a Mamonas Assassinas *** A Merck anunciou a contratação do executivo Luiz André Magno para assumir a direção médica da empresa no Brasil.

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