A Confederação Nacional do Transporte (CNT) enviou nesta quarta-feira um documento ao presidente interino Michel Temer e aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Henrique Meirelles (Fa-zenda) manifestando sua posição contrária a possíveis alterações na cobrança do PIS e da Cofins, que poderão ter um efeito devastador no setor de transporte. A Confederação não concorda com o fim do regime cumulativo (que incide sobre todas as etapas da produção e tem alíquota total de 3,65%) para um regime não cumulativo, no qual a cobrança ocorre apenas uma vez sobre o preço final, com uma alíquota prevista de 9,25%. Os custos com mão de obra podem representar mais de 40% do valor do frete. Com isso, grande parte das empresas de transporte opta pelo regime cumulativo, uma vez que esse tipo de custo não é deduzido no regime não cumulativo. Portanto, “a alteração na metodologia da cobrança do PIS e da Cofins significará um relevante aumento na carga tributária das empresas transportadoras”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.
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