Com 200 mil mortes, governo insiste que vacina não será obrigatória

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Enfermaria Covid-19 (foto: Marcelo Casal Jr/Abr)
Enfermaria Covid-19 (foto: Marcelo Casal Jr/Abr)

Com mais 968 óbitos registrados nesta quinta-feira, o Brasil ultrapassou a marca de 200 mil mortos por coronavírus. Nunca uma doença matou tanto quanto a Covid-19. A segunda causa, doenças isquêmicas do coração, causa em média 109.847 falecimentos por ano. Em 10 meses de pandemia, a Covid-19 provocou uma média de 20 mil mortes por mês.

No mesmo dia em que a simbólica marca foi ultrapassada, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, voltou à TV para defender a atuação do governo – o Brasil é o segundo país em números absolutos de morte por Covid, atrás apenas dos Estados Unidos – e reiterou que, no que depender do governo a vacinação não será obrigatória.

“São quase 10 milhões de pessoas com infecção confirmadas; e a maioria destas, assim como a maioria das mortes, concentram-se entre os mais pobres, que sempre tiveram acesso precário à saúde, à educação, ao saneamento básico e à moradia digna”, lembra, em nota, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

“Nossas entidades manifestam o seu mais profundo pesar pelas vidas perdidas, muitas das quais evitáveis e resultado da inação e da irresponsabilidade dos mandatários da nação para o enfrentamento da pandemia. Sentimo-nos entristecidos pelo sofrimento incalculável dos milhões de brasileiras e brasileiros infectados e mortos pela Covid-19 e de seus familiares”, prossegue a entidade.

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“Precisamos de mais investimentos no SUS, tendo a saúde como direito de todas as pessoas e a manutenção da ajuda financeira emergencial com sua transformação em renda básica universal”, finaliza a Abrasco.

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