Com a primeira alta após seis anos, a Selic chegou a 2,75%, na última quarta-feira, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Para saber o impacto desta medida no rendimento dos investimentos em renda fixa, o Yubb, buscador online de investimentos do país, realizou um levantamento com projeções dos principais ativos. Como destaque, a poupança nova segue como a opção com menor rentabilidade em todos os cenários.
“Depois de aproximadamente seis anos, o Copom decidiu pela alta da Selic, o que fez com que os juros básicos da economia brasileira subissem 0,75%. O mercado acreditava que fosse subir 0,5%, esse aumento ainda maior mostra uma preocupação do Copom com inflação, alta do dólar, situação fiscal brasileira e instabilidade política, além de outros fatores”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb.
Pascowitch aponta três fatores que motivaram a alta da Selic. “O primeiro é a inflação, que está aumentando de forma ameaçadora. Então, o Banco Central e o Copom têm que fazer com que ela pare de subir. E o melhor instrumento do Bacen para isso é subir os juros. Subindo os juros, o crédito no Brasil fica mais caro, as taxas ficam mais altas e o consumo cai. Com o consumo em baixa, a inflação tende a cair também”.
Já os outros motivadores da alta da Selic correspondem ao mercado internacional. “O segundo ponto é que o dólar está muito alto. O Brasil precisa aumentar a sua taxa básica de juros para que os investidores estrangeiros voltem a investir em títulos públicos brasileiros. E, por fim, o terceiro ponto é a instabilidade fiscal. Com as despesas públicas ameaçando o teto de gastos, o investidor estrangeiro acaba se afastando. Portanto, ao aumentar os juros, o Risco Brasil também aumenta e o país volta a ser atrativo para o mercado internacional”, conclui.