Com o Preço Paridade de Importação (PPI), criado em outubro de 2016, no Governo Temer, e implantado pelo presidente da Petrobras à época, Pedro Parente, a gasolina já aumentou em torno de 73%, e o diesel, 54%. O botijão de gás de 13 quilos chega a custar até R$ 120.
“Essa política de preço visa principalmente à maximização dos lucros e geração de dividendos para os acionistas, sobretudo os minoritários, em detrimento da população brasileira que paga preços exorbitantes com os aumentos sucessivos dos combustíveis. Além disso, a PPI facilita o processo de privatização das nossas refinarias, tirando a possibilidade de o Estado brasileiro pensar uma política de preço que seja justa para os brasileiros”, analisou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, em audiência pública realizada nesta segunda-feira na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
O economista aposentado da Petrobras Cláudio da Costa Oliveira já demonstrou que, ao contrário do que dizem os defensores da PPI, a fixação de preços internos no período 2011 a 2014 não impediu que a estatal obtivesse as maiores gerações de caixa operacional, mesmo com subsídio ao mercado interno, quando o preço do barril de petróleo ultrapassou US$ 90. Naqueles 4 anos, a geração de caixa foi, em média, de US$ 28,4 bilhões, superior à geração em qualquer ano após 2016, com PPI.
O PPI considera, além do preço internacional do produto, os gastos com frete até um porto brasileiro, internação (custos portuários, alfandegários etc.), seguro para garantir a estabilidade cambial e do preço do produto durante o tempo de importação e ainda atribui um lucro. Portanto, para manter uma suposta “concorrência”, o preço sobe e joga-se a conta para o consumidor. Política que prejudica a Petrobras e favorece meia dúzia de grupos privados.
Na definição do diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Dahmer, também na audiência, o que está em jogo é a soberania nacional.
Online impulsiona
A Araguaia Empreendimentos, empresa que atua no ramo de construção e locação de galpões logísticos, prevê crescimento de 25% em 2021. A construtora notou um aumento de 30% de demanda para novas construções, impulsionada pelo crescimento do comércio eletrônico e do setor de alimentos. Mais de 177 mil metros quadrados já contratados devem ser entregues até o ano que vem, quase o tamanho do campo do Maracanã.
Também em alta está o aluguel. Em janeiro, a Araguaia inaugurou um condomínio logístico em Vargem Grande com 25 unidades. Oito já foram locadas, todas para e-commerce.
Rápidas
Ato nacional promovido pelas centrais sindicais e movimentos sociais, em frente ao Congresso Nacional, nesta quarta-feira, às 10h, pressionará o Parlamento pela volta do auxílio emergencial de R$ 600 *** O Foro Inteligência realizará nesta quarta-feira o webinário “Politização de Supremas Cortes”, com o advogado e mestre em Direito Conrado Hübner. Em inteligencia.insightnet.com.br/foro