O comércio da cidade do Rio de Janeiro está otimista com o Dia dos Namorados – a terceira data mais importante para o setor depois do Natal e do Dia das Mães – e estima um crescimento de 3% nas vendas em relação ao ano passado. É o que mostra a pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) que ouviu 250 lojistas entre os dias 19 e 24 de maio.
Agasalhos, roupas esportivas, calçados (especialmente tênis), bolsas e acessórios, joias e bijuterias, perfumes, lingerie, celulares, produtos de beleza e flores devem ser os produtos mais vendidos.
Mais do que uma comemoração para o comércio, o Dia dos Namorados também é uma oportunidade de gerar receita. O que difere a data em relação a outras celebrações do calendário comercial é a sua afetividade, seja amor, carinho ou desejo de surpreender. Isso exige do comércio especial atenção, que é o de transformar o ato da compra em um gesto de afeto memorável.
A pesquisa também mostra que os lojistas estimam que o preço médio dos presentes por pessoa pode variar de R$ 150 a R$ 180 – o mesmo do ano passado – e que os clientes deverão utilizar o cartão de crédito parcelado como forma de pagamento, seguido do cartão de débito, Pix, crediário e dinheiro.
Em relação as vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais as lojas da Zona Norte (28%) serão as que mais venderão, seguidas da Zona Centro (26%), Sul (24%) e Zona Oeste (22%).
Outro ponto que justifica a estimativa dos lojistas para o crescimento das vendas, exclusivamente para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, são os preços. No acumulado do ano até abril pelo IPCA, verificam-se aumentos de produtos como roupa masculina (1,14%), roupa feminina (2,31%), joias e bijuterias (1,18%), perfume (4,53%) e artigos de maquiagem (1,72%). Nos serviços, destacam-se as altas de cinema, teatro e concertos (6,39%) e alimentação fora do domicílio (2,26%).
O fator preço é preponderante para decisões de consumo. No Rio de Janeiro de um modo geral os preços têm apresentado fôlego menor para subir do que no restante do país. Nos quatro primeiros meses de 2025 a inflação fluminense ficou em 2,17%, enquanto no Brasil chegou a 2,48%. Mantida tendência, neste aspecto, o comércio fluminense pode aproveitar a ocasião para atrair clientes e vender mais.
Para Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do SindilojasRio, é necessário o comerciante estar preparado e adequado ao incremento da procura, porque a data simboliza laços de relacionamento entre as pessoas pela intenção de presentear. Portanto, o período é importante para aumentar receitas. Até porque os juros estão muito elevados, indicando conjuntura menos expansionista do que ano passado.
“Estamos certos de que planejamento e estratégias de vendas, descontos, facilidades de pagamento, kits, ambiente da loja, qualidade do atendimento, entre outras ações, serão iniciativas para atrair clientes num contexto de relativo resfriamento da economia”, conclui Aldo.
Já de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), 82% dos estabelecimentos, em nível nacional, esperam faturar mais do que no ano passado – e a maioria projeta um crescimento de até 20%. A adesão à data é quase unânime: 95% vão abrir as portas, sendo que 1% fará isso exclusivamente para a ocasião. Outros 5% não vão funcionar ou ainda não decidiram.
“O Dia dos Namorados é, historicamente, o dia de maior movimento nos bares e restaurantes, marcado por filas e casas lotadas. Ao incentivar comemorações ao longo de toda a semana, queremos oferecer aos casais uma experiência mais tranquila e prazerosa, com conforto, privacidade e um atendimento ainda mais dedicado por parte das equipes”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
O cenário que antecede a data já mostra sinais de recuperação. Em abril, 40% das empresas do setor registraram lucro, enquanto outros 40% conseguiram equilibrar suas contas e 19% registraram prejuízo. Os dados apontam para um segmento que, embora ainda pressionado por custos e instabilidade econômica, está mais fortalecido do que em anos anteriores.
Segundo a pesquisa, nos últimos 12 meses, 60% dos bares e restaurantes ajustaram os cardápios dentro ou abaixo da inflação, enquanto 34% não fizeram qualquer reajuste. Apenas 6% aplicaram aumentos superiores ao índice oficial.
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