Comércio Brasil-Canadá deve bater maior nível da história

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Bandeira do Canadá (Foto: Jared Grove/Phobophile/CC BY-SA 3.0)
Bandeira do Canadá (Foto: Jared Grove/Phobophile/CC BY-SA 3.0)

Brasil e Canadá caminham para registrar em 2022 o maior nível já visto em toda a história do intercâmbio comercial entre os dois países, estimulado principalmente pelo aumento na quantidade de negócios, revela o estudo Quick Trade Facts, elaborado pela Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).

Em 2021, a corrente de comércio – que representa a soma das importações e exportações – registrou o maior recorde em uma década: US$ (FOB) 7,497 bilhões no total. O patamar mais próximo tinha sido conquistado somente em 2011, quando atingiu US$ (FOB) 6,7 bilhões.

Em 2022, considerando apenas a metade do ano, a cifra já está em US$ (FOB) 4,999 bilhões. Segundo especialistas da CCBC, e caso a tendência siga nesse ritmo devido ao crescimento das importações, a relação entre Brasil e Canadá será a maior já vista na história das duas nações. O menor nível na última década foi visto em 2016, quando ficou em US$ 4,2 bilhões. De lá para cá, porém, os resultados foram se tornando mais expressivos – apontando para uma maior complementaridade das duas economias nos anos seguintes.

O total de US$ (FOB) 4,999 bilhões alcançados na corrente comercial entre janeiro e junho de 2022 representa um avanço de 63% frente aos US$ (FOB) 3,07 bilhões registrados em igual período do ano passado. O saldo comercial ficou positivo para o Brasil em US$ 8,55 milhões.

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Considerando os dados do primeiro semestre de 2022, o Canadá ocupou a 13ª posição como o maior destino das exportações brasileiras. Já no ranking das importações, o país norte-americano ficou em 10º lugar.

Os embarques ao Canadá totalizaram US$ (FOB) 2,499 bilhões no primeiro semestre de 2022, um aumento de 16% em comparação à igual período do ano anterior, quando foram registradas vendas externas de US$ (FOB) 2,163 bilhões. Os principais destaques nas exportações brasileiras ao Canadá e com maior peso na balança comercial no período foram: químicos inorgânicos (óxido de alumínio, dióxido de silício e pentóxido de divanádio, usados principalmente nas indústrias farmacêutica, automobilística e de vidros e cerâmica) com alta de 34%; açúcares e produtos de confeitaria (+28%); e pérolas metais e pedras preciosas (+17%).

Entre as altas expressivas, embora com menor peso na balança comercial, figuram algodão (897%) e alumínio (571%). Entre os setores econômicos considerados cruciais na relação com o Canadá, a exportação de proteína animal cresceu 44%, obras de ferro fundido e aço subiu 246% e o segmento de aeronaves e aparelhos espaciais avançou 264%.

As compras de produtos canadenses totalizaram US$ (FOB) 2,491 bilhões no primeiro semestre deste ano, disparando 174% frente janeiro-junho de 2021, quando somaram US$ (FOB) 908,26 milhões.

Dentre os produtos mais adquiridos pelo Brasil, destaque para a indústria química (em especial fertilizantes), cuja alta significativa foi 454% impulsionada principalmente pelos conflitos envolvendo a guerra entre Rússia e Ucrânia.

O estudo da CCBC ainda revela que, durante o primeiro semestre de 2022, o mês de abril foi o que apresentou o maior valor – US$ (FOB) 456,37 milhões – para as exportações do Brasil. Posteriormente elas recuaram em maio e junho. Já no caso das importações, junho deste ano foi o mês em que o Brasil mais comprou produtos do Canadá em toda a história: total de US$ (FOB) 766,03 milhões, valor mais alto já visto e que representa um avanço significativo de 403% frente aos US$ (FOB) 152,43 milhões obtidos em igual período de 2021.

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