Comércio carioca estima vendas de 2,6% para o primeiro trimestre

Segundo a CNC, varejo brasileiro registrou crescimento moderado em 2024, com variações entre 5,5% e 8%

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Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S. Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)
Aldo Gonçalves (foto de Arthur S. Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)

O comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro estima aumento de vendas de 2,6% para o primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com estudo do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio).

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, normalmente os três primeiros meses do ano não são de grandes vendas. Janeiro e Fevereiro são meses de férias e logo após o fim de ano em que as pessoas investem muito em lazer.

“E neste ano, o Carnaval caiu no início de março e durou mais de uma semana”.

“Além disso, para o corrente ano, há consenso que a economia apresentará desempenho abaixo de 2024. Se o PIB cresceu 3,5% em 2024, hoje as estimativas para 2025 indicam variação menor (2%); e a inflação esperada (em 5,60%), afetará orçamentos familiares bem como decisões de compra. No curto prazo as intenções de consumo revelaram queda em fevereiro, com crédito caro e preços elevados que podem ter desestimulado o varejo”, diz Aldo.

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O estudo do CDL-Rio e Sindilojas-Rio mostra juros elevados para as pessoas físicas na modalidade de aquisição de bens, entre 2,40% e 137,75% ao ano. No cartão de crédito parcelado vai de zero porcento a 706,11%. Já no crédito pessoal do consignado praticado pelo setor privado as taxas variam entre 16,80% e 143,87% ao ano.

“O aumento dos juros torna o endividamento mais custoso, porque exige esforço maior para o pagamento das dívidas. Então, se resfria a pressão de demanda sobre os preços, também desaquece a atividade empresarial em função do custo financeiro”, conclui Aldo.

Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o comércio e varejo brasileiro registraram um crescimento moderado em 2024, com variações entre 5,5% e 8%. Para 2025, a expectativa é que o setor mantenha um saldo positivo de 1,7% a 2%. Mesmo diante dos desafios econômicos, o ano será caracterizado pela adaptação, com foco em investimentos tanto nas lojas físicas quanto no digital, além do fortalecimento de pequenos empreendedores.

Em junho de 2024, seis setores se destacaram em expansão em relação a 2023: artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (15,1%), artigos de uso pessoal e doméstico (7,6%), móveis e eletrodomésticos (6,7%), equipamentos de escritório e informática (4,7%), hipermercados e supermercados (3,5%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%).

De acordo com dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), entre 5 e 11 de agosto de 2024, o Brasil registrou um aumento de 5,6% nas vendas em lojas físicas em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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