Comércio do Rio espera aumento de 3% nas vendas do Dia dos Pais

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Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S.Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)
Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S.Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)

Uma das datas mais importantes para o comércio no segundo semestre do ano, o Dia dos Pais está movimentando o comércio carioca. Segundo pesquisa realizada pelo Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e pelo Sindicato dos Lojistas do comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio), na última semana de julho, a estimativa é que haja um crescimento de 3% nas vendas referentes ao Dia dos Pais.

Foram entrevistados 350 lojistas de diferentes segmentos, como roupas, calçados (incluindo tênis e sandálias), joias e relógios, livros, eletroeletrônicos, celulares, artigos esportivos, perfumes e acessórios masculinos (cintos e carteiras).

De acordo com a pesquisa, 70% dos lojistas esperam movimento melhor do que o do ano passado. A expectativa é que roupas, calçados (sapatos, tênis, sandálias e chinelos) e acessórios, como carteiras e cintos, sejam os presentes mais procurados.

O presidente do CDL-Rio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, avalia que o comércio está moderadamente otimista com as vendas no Dia dos Pais.

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“As vendas do primeiro semestre do ano não atingiram o resultado esperado, principalmente nas datas comemorativas. O crédito escasso e mais caro causa retração no consumo e a violência urbana prejudica muito o comércio, especialmente as lojas de rua. Tudo isso influencia o comportamento do consumidor”, disse.

Com promoções, propaganda e facilidades de pagamento, os lojistas estimam que o preço médio dos presentes deve ficar entre R$ 150 e R$ 200, por pessoa. A maioria dos clientes deverá parcelar o pagamento, usando cartão de crédito ou cartão e carnê de crediário próprios das lojas. Nas compras à vista, a estimativa é que a maioria dos pagamentos seja feita com cartão de débito, seguido pelo Pix e dinheiro.

Os mais recentes dados do Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IAV-IDV), elaborado com base nas projeções feitas pelas empresas associadas do Instituto e apurado pela EY, projetam aumento nominal de vendas, sem descontar a inflação, de 5,9% em julho, 7,8% em agosto e 8,7% em setembro, na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Em junho, houve crescimento de 8,7% em relação ao mesmo mês de 2021. Levando-se em consideração o período pré-pandemia, o crescimento foi de 24,9% em relação a junho de 2019.

Quando descontado o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção real é de retração de 4,6% para julho e 0,3% para agosto, mantendo estabilidade em 0% em setembro, sempre comparado aos mesmos meses do ano anterior. Em junho, também em termos reais, houve queda de 3,2%, em relação ao mesmo mês de 2021 e crescimento de 3,7% quando comparado ao mesmo mês de 2019.

A redução da taxa de desemprego, as datas sazonais – como Dia dos Pais, Black Friday e Copa do Mundo -, o estímulo governamental à renda e a promoção de benefícios sociais, bem como redução de impostos nos combustíveis, são fatores que favorecem as expectativas de vendas para o varejo até o final de 2022.

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