Comércio do Rio pode perder mais de R$ 4,6 bi com feriados em 2021

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Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S.Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)
Aldo Gonçalves (Foto: Arthur S.Pereira/CDL-Rio/Sindilojas-Rio)

Com o que chama de “excesso de feriados em 2021” dos quais 12 em dias úteis com possibilidade de prolongamento – o chamado “enforcamento” – o comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro, já castigado pela pandemia que fechou suas lojas por três meses, pode perder R$ 4,6 bilhões em receitas de vendas no ano. Cada dia parado representa uma perda média de cerca de R$ 385 milhões. A estimativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), que não considerou os feriados decorrentes com o Carnaval, que ocorrerá em outra data por conta da pandemia de coronavirus.

Com os feriados o ano ficou com apenas 353 dias comercialmente úteis, em contar os dias enforcados com o chamado prolongamento. Novembro (três feriados com possibilidade de prolongamentos) será o mês mais prejudicado.

Segundo o presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, os 13 feriados do ano e seus possíveis prolongamentos vão penalizar os lojistas, principalmente as lojas de rua que são as que mais sofrem, especialmente o centro da cidade que fica completamente deserto. Com os chamados “enforcamentos” há a possibilidade de o cidadão folgar 17 dias, incluindo os sábados, considerado pelo varejo o melhor dia de vendas da semana.

“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio, que já vem sofrendo os danos causados pela pandemia. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender; os prestadores de serviços e autônomos, e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício, principalmente no momento que enfrentamos uma pandemia que ninguém sabe quando vai terminar”, conclui Aldo, para quem até mesmo os setores de hotelaria, bares e restaurantes e serviços ligados ao turismo, antes beneficiados com os feriados, agora também sofrem com os efeitos da Covid.

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