Comércio do Rio vendeu menos 9% no primeiro trimestre

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As vendas do comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro caíram 9 % no acumulado do primeiro trimestre (janeiro/março) em comparação com o mesmo período de 2015. O resultado marca novo recorde negativo dos últimos dez anos, de acordo com a pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), que ouviu cerca de 500 estabelecimentos comerciais.
Em março, em relação ao mesmo mês do ano passado, o comércio vendeu menos 6,1%, também o pior resultado para um mês de março desde 2006, quando registrou menos 10,6%.
O presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, considerou fraco o desempenho de março, mesmo não sendo um mês de grandes vendas. Vem depois das férias e do Carnaval, quando as pessoas investem muito em lazer, explica.
– Mas não há dúvida que o resultado negativo refletiu a crise econômica, que vem afetando as atividades produtivas, principalmente o comércio – diz Aldo.
Ainda de acordo com o presidente do CDL-Rio a elevação dos juros, o desemprego e a inflação em patamar elevado podem ser considerados como os principais fatores para os resultados negativos do primeiro semestre e do mês de março.
– Além disso, outro fator que influenciou no resultado do mês foi a desaceleração registrada nas vendas das lojas do Centro da cidade. Por tudo isso, o comércio está se empenhando com uma série de ações para melhorar o desempenho das vendas para o Dia das Mães, a segunda data mais importante, depois do Natal, com o lançamento de promoções, descontos, sistemas de crédito diferenciados e diversificação de produtos, esperando um crescimento das vendas da ordem de 2%.
Segundo a pesquisa, no mês de março, todos os setores do ramo mole (bens não duráveis) e do ramo duro (bens duráveis) apresentaram resultados negativos: confecções (-4,1%), tecidos (-7,7%), calçados (-7,3%), óticas (-12,3%), móveis (-7,9%), joias (-6,9%) e eletrodomésticos (-6,5%). Quanto à forma de pagamento as vendas a vista com menos 7,4% foram às preferidas pelos consumidores contra menos 5% das vendas a prazo.
Em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, a pesquisa mostrou que em março, no ramo mole, as lojas do Centro venderam menos 21,1%, as da Zona Sul menos 3,3% e as da Zona Norte venderam mais 0,4%. No ramo duro, as lojas do Centro venderam menos 13,6%, as da Zona Norte menos 7,1% e as da Zona Sul menos 2,3%.

Dia das Mães deve ter o pior desempenho em 12 anos
O varejo brasileiro deve registrar queda de 4,1% nas vendas relacionadas ao Dia das Mães, o pior desempenho para a data desde 2004, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Dia das Mães é a segunda principal data do comércio no Brasil, atrás apenas do Natal.
De acordo com os dados, as opções de presente para as mães devem sair dos segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico, que deve ter um crescimento de 4,4% em relação à data em 2015, e de vestuário, calçados e assessórios, com previsão de alta de 2,3%.
– Menos dependentes das condições atuais de crédito e com variações de preços menos acentuadas nos últimos meses, as vendas nesses dois segmentos, caracterizados por tíquetes médios mais baixos, deverão responder por quase dois terços (65,8%) de toda a movimentação do varejo nessa data em 2016 – afirmou o economista da CNC, Fabio Bentes.
Apesar da queda, a CNC prevê que as vendas para o Dia das Mães devem movimentar aproximadamente R$ 5,7 bilhões neste ano.
Houve redução também na expectativa de contratação de trabalhadores temporários. A oferta de 25,6 mil vagas em todo o varejo, esperada pela CNC, é 5,6% inferior ao contingente contratado no mesmo período do ano passado e equivale à quantidade de vagas geradas na mesma data em 2012 (25,4 mil).
Com a expectativa de crescimento das vendas de vestuário, este segmento deverá oferecer a maior quantidade de vagas temporárias do varejo (14,7 mil, 57,1% do total), seguido pelo ramo de hiper e supermercados, o maior empregador do varejo brasileiro, cuja oferta de vagas deverá totalizar 4,6 mil postos temporários.

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