Comércio eletrônico faturou R$ 14,1 bi no Natal

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De acordo com levantamento do Compre & Confie, o varejo digital brasileiro faturou R$ 14,1 bilhões entre 15 de novembro e 24 de dezembro, cifra que representa uma variação positiva de 29,9% no comparativo com o ano passado.

Segundo levantamento da ClearSale, empresa especialista em antifraude em diversos segmentos, o prejuízo evitado com compras fraudulentas aumento 91% em relação a 2018, chegando a R$ 292,5 milhões. As categorias preferidas pelos fraudadores são: celulares, games e bebidas.

Além do faturamento, o número de pedidos também cresceu em 2019: foram realizadas mais de 31 milhões de compras no período e a alta no volume foi de 29,9% comparando com 2018. O valor do tíquete médio não sofreu variação e permaneceu em R$ 454,09.

Analisando as categorias de produtos que mais faturaram, telefonia & eletrodomésticos e ventilação lideram com 14,8% e 14% respectivamente. Em seguida, entretenimento, com 10,3%, e moda e acessórios, com 7,4%, foram as que mais faturaram. Por fim, informática e câmeras completam o total com 6,8% do faturamento.

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Nas categorias mais compradas, moda & acessórios lideram o volume de pedidos: 15,2% do total. Em seguida, entretenimento & beleza seguido de perfumaria & saúde aparecem com 10,9% e 10,1% das compras. Completando as cinco-mais aparecem artigos para casa & telefonia que somam 6,7% e 5,7% respectivamente.

"O ano de 2019 foi de forte crescimento para o comércio eletrônico e as vendas do Natal seguiram a mesma tendência e apresentaram resultados bem expressivos, puxados por boa experiência de compra, mix de produtos variados e integração com operações do varejo físico", afirma André Dias, diretor-executivo do Compre & Confie.

Segmentando por gênero, as mulheres lideraram as compras de Natal no comércio eletrônico com 53,4% dos pedidos. Completando o total, 46,6% das compras foram realizadas pelos homens.

Já no comparativo de faixa etária, pessoas entre 36 e 50 foram os principais consumidores online neste natal com 34,6% dos pedidos. Logo atrás, consumidores entre 26 e 35 anos somam 33,3% das compras. Jovens até 25 anos e compradores acima de 51 anos completam a totalidade com 18% e 14,1%. A idade média do consumidor no natal foi de 37 anos.

O Sudeste foi a região líder em compras com 66,7% do total de pedidos. Sul e Nordeste aparecem em seguida com 13,7% e 12,1% do share, respectivamente. Por fim, Centro-Oeste com 5,5% e Norte com 2% completam a totalidade.

O aumento no valor das fraudes evitadas está relacionado ao aumento de compras pela internet e a uma melhora nos mecanismos de detecção de comportamentos suspeitos. "Atualizamos e ajustamos constantemente nossos modelos de análises antifraude, tanto com a utilização de novas tecnologias, como o uso de novos elementos de inteligência de estatística. Isso possibilita aprimorarmos o perfil de comportamento de compras dos clientes e a identificarmos vulnerabilidades nos processos de compras", explica Omar Jarouche, diretor de Soluções da ClearSale.

Entre 15 de novembro e 24 de dezembro R$ 292,5 milhões em fraudes evitadas, contra R$ 153,1 milhões em 2018. O trabalho desenvolvido pela ClearSale garante um ambiente de compras mais seguro na internet, protegendo lojistas e compradores dos fraudadores.

 

Previsão de crescimento na AL – Para identificar as tendências do comércio eletrônico em mercados-chave da região, bem como oportunidades, desafios e como a logística pode ajudar a acelerar seus resultados, a DHL desenvolveu um estudo sobre o comportamento do setor em toda América Latina. Segundo o material, a previsão é que o comércio eletrônico cresça, anualmente, 22% até 2021, em toda a América Latina, índice similar ao do Brasil, com uma expectativa de crescimento de 17%, ficando atrás apenas do México, com 25%.

A pesquisa divide a região em três segmentos: mercados maiores, como Brasil e México, que são a porta de entrada para muitos players de comércio eletrônico; os de médio porte, como Colômbia, Argentina, Chile e Peru; e os menores, localizados na América Central e Caribe. Os dois últimos oferecem um potencial significativo para o crescimento do comércio eletrônico cross-border, entre países, com capacidade para estocar produtos e atender a várias localidades de forma rápida e com baixo custo.

Esses dados reforçam que a América Latina deve ser a próxima para a fase de revolução do comércio eletrônico.

A logística ainda é um dos principais desafios para um crescimento mais dinâmico na América Latina. De acordo com a pesquisa, dentre os principais problemas estão: os entraves e a lentidão do desembaraço aduaneiro, congestionamentos e infraestrutura abaixo do ideal para entrega no last mile, além da complexidade dos processos de logística reversa para devoluções.

O último item listado é apontado como um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do segmento, devido aos altos índices de trocas e a falta de lucro e rentabilidade quando isso acontece. Nos EUA, algumas categorias, como moda, possuem taxas que chegam a 50% nas lojas online, enquanto as unidades físicas respondem por 9%. Já no Brasil, as devoluções respondem por 25% das compras totais, sendo o volume mais alto da região. Para contornar estes problemas, a pesquisa apresenta cinco elementos-chave que compõem um centro de distribuição regional eficaz: zona de livre comércio, infraestrutura eficiente de portos e aeroportos, regulamentação comercial e aduaneira favorável aos negócios (como os retornos cross-border), conhecimento específico de logística de comércio eletrônico e a cooperação entre indústrias – com comerciantes, fornecedores de tecnologia e logística trabalhando em sincronia.

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