O comércio lojista do Rio de Janeiro está bastante otimista com a chegada da primavera e estima um crescimento de 4% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, conforme pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato do Comércio dos Lojistas do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), que ouviu 250 lojistas.
A primavera – que vai de setembro a dezembro – é a estação do ano que exerce um impacto significativo nas vendas do comércio e traz consigo uma série de mudanças que afetam o comportamento do consumidor e as estratégias dos comerciantes. Por isso os lojistas já entraram no clima e estão transformando as suas vitrines num convite para o consumidor renovar o seu guarda-roupa aproveitando os lançamentos primavera/verão.
De acordo com a pesquisa, 65% dos empresários ouvidos apostam que moda de praia, roupas e calçados esportivos repitam o mesmo sucesso do ano passado e serão os produtos mais vendidos. Também os produtos de beleza e óculos para se proteger do sol aparecem na pesquisa e foram citados por 30% dos pesquisados. A pesquisa em relação às vendas conforme a localização dos estabelecimentos comerciais, as lojas da Zona Norte, seguidas pelas da Zona Sul e Centro serão as que mais vão vender.
Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, “com a chegada da primavera, as pessoas tendem a trocar suas roupas de inverno por peças mais leves e coloridas. Isso impulsiona as vendas no setor de moda, com consumidores em busca de novos looks e tendências da estação. Lojas de roupas, calçados e acessórios costumam lançar coleções específicas para a primavera, atraindo clientes ávidos por renovar seus guarda-roupas.”
“Com o aumento das temperaturas, as pessoas tendem a se preocupar mais com a beleza e a saúde. Isso reflete no crescimento das vendas de produtos de cuidados com a pele, protetores solares, perfumes e cosméticos. Além disso, academias e estúdios de atividades físicas também registram um aumento na procura, à medida que as pessoas se preparam para o verão. Óculos escuros para se proteger do sol também deve ser um produto bem procurado”, diz Aldo.
Ainda de acordo com ele, “o setor comercial tem-se mostrado capaz de se adaptar às vicissitudes do mercado e às condições de temperatura. Como o inverno por aqui não foi rigoroso, o atual movimento de liquidações e promoções, mais ofertas excepcionais, têm sido fontes para atrair os clientes para as lojas, com descontos vantajosos que vem sendo oferecidos com o objetivo de renovar estoques, em particular o setor de vestuário.”
Ele também estima um resultado melhor em função do que pode acontecer com a economia.
“A despeito de o pouco tempo de uso de roupas de frio na estação, o mercado respira uma atmosfera positiva. De uns tempos para cá a expectativa para o PIB veio evoluindo, já ultrapassando 2,3% para o corrente ano. E mais de 60% desta variável vem do consumo das famílias”, ressalta o presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio.
“Temos observado informações importantes para construir um cenário mais benigno, pelo menos no curto prazo. Primeiro, a confiança do empresário subiu. Ao mesmo tempo, as intenções de consumo das famílias evoluíram. Além da inflação, os juros apontam queda. Parece que o endividamento vem declinando, assim como a inadimplência. Ademais, nos inspira o êxito do Programa Desenrola e os R$ 10 bilhões de dívidas renegociadas, o que proporciona certa disponibilidade de recursos para consumo. E, por fim, teremos em breve nova estação (primavera), seguida do Dia das Crianças, Black Friday e Natal, com consumidores mais confiantes, menos endividados, juros inferiores e maiores recursos no bolso para compras face o 13º salário”, conclui.
Já segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes do Brinquedo (Abrinq), as vendas da semana da criança para o varejo estão concluídas e superam em 5% as de igual período do ano passado.
“Este ano a indústria do brinquedo vai capturar o cliente pela cor, tamanha a variedade da cartela de cores”, prevê o presidente da entidade, Synésio Costa, para reverter o quadro do primeiro semestre deste ano em favor da indústria.
A previsão para o setor é de crescimento, fato recorrente na última década, diz o dirigente. Para ficar com dados dos últimos cinco anos, a indústria do brinquedo, de acordo com a entidade, passou de R$ 7.290 bilhões em 2019 para R$ 7.545 (2020), R$ 7885 (2021), R$ 8.358 (ano passado) e R$ 8.985, previsão para este ano.
“Temos motivo para nos orgulharmos das nossas lutas contínuas para a manutenção do mercado nacional. As variáveis conspiram a nosso favor no Brasil. Se em 2010 vendíamos cinco brinquedos per capita no Brasil e os ingleses 38; ano passado subimos para 11 brinquedos e os ingleses para 46, mesmo fazendo menos crianças por ano”, observa.
Mantidas as variáveis atuais, o crescimento deste ano, de acordo com Synésio Costa, deve evoluir para mais 6%, e a sazonalidade das vendas, segundo a estatística anual da entidade, seguir como anos anteriores, concentradas em mais de 60% nos meses de julho, agosto, setembro e outubro, para abastecer as lojas no Dia das Crianças e Natal.
No último ano as importações, em sua maioria concentradas na China, decresceram de 77,34 para 75,80%, dando espaço para a indústria nacional aumentar sua produção. Com isso o número de empregos gerados passou de 35.832 para 36.500.
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