As importações e exportações totais de bens da China aumentaram para 33,61 trilhões de yuans (cerca de US$ 4,73 trilhões) nos primeiros nove meses de 2025, alta de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas (GAC). A taxa se acelerou em relação aos 3,5% registrados nos primeiros oito meses do ano.
As exportações de bens lideraram a expansão geral durante o período de janeiro a setembro, com alta de 7,1% em relação a 2024, para 19,95 trilhões de yuans, enquanto as importações ficaram em 13,66 trilhões de yuans, uma ligeira queda de 0,2%.
Em setembro, isoladamente, as importações e exportações de bens da China aumentaram 8% em relação ao ano anterior, para 4,04 trilhões de yuans — marcando o maior aumento mensal até agora neste ano. As importações aumentaram 7,5% em relação a setembro de 2024, mostram os dados do GAC.
Em particular, as importações dos países menos desenvolvidos com os quais mantém relações diplomáticas tiveram um aumento de 9,7%, devido à implementação de sua política de tarifa zero.
“Desde o início de 2025, a economia global enfrenta crescente instabilidade e incerteza, com o aumento do unilateralismo e do protecionismo, pressionando o setor de comércio exterior da China”, afirmou Wang Jun, vice-presidente da GAC, em entrevista coletiva na segunda-feira.
“Nesse contexto, o comércio exterior da China manteve sua forte resiliência e vitalidade, mantendo uma tendência de desenvolvimento estável e positiva”, observou Jun.
A expansão do comércio exterior da China acelerou trimestre a trimestre, com a taxa de crescimento atingindo 6% no terceiro trimestre deste ano, após aumentos de 1,3% e 4,5% no primeiro e segundo trimestres, respectivamente, disse Wang.
Com o aumento da demanda interna, o crescimento das importações de bens da China acelerou, aumentando 4,7% em relação ao ano anterior no terceiro trimestre, após o aumento de 0,3% registrado no trimestre anterior.
Comércio exterior da China com Cinturão e Rota e demais regiões
Além disso, o mercado de comércio exterior da China se tornou mais diversificado. Nos primeiros nove meses, o comércio de bens da China com os países parceiros da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) totalizou 17,37 trilhões de yuans — 6,2% a mais que no ano anterior, revelaram dados do GAC.
O comércio com a Asean, América Latina, África e Ásia Central cresceu 9,6%, 3,9%, 19,5% e 16,7% em relação ao ano anterior, respectivamente, enquanto o comércio com outras economias da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico aumentou 2%.
A China manteve sua posição como o maior comerciante de bens do mundo, segundo dados internacionais, afirmou Wang. Durante o período de janeiro a julho, a China esteve entre os três principais parceiros comerciais de 166 países e regiões em todo o mundo, o que representou um aumento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo Wang.
Exportações de robôs aumentam 55%
Nos três primeiros trimestres, as exportações chinesas de robôs industriais aumentaram 54,9% em relação ao ano anterior, e suas exportações de produtos de alta tecnologia, como bens de informação eletrônicos, equipamentos de ponta e instrumentos e medidores, aumentaram 8,1%, 22,4% e 15,2%.
Wang observou que, apesar de um ambiente externo complexo e persistente, a confiança das empresas de comércio exterior da China permanece otimista.
Uma pesquisa recente realizada pelas autoridades alfandegárias da China mostrou que um índice de confiança que acompanha as empresas exportadoras do país aumentou por cinco meses consecutivos, e outro que acompanha as empresas importadoras aumentou por três meses consecutivos.
Com informações da Agência Xinhua
