Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o volume de vendas do comércio varejista brasileiro caiu 7,1% em outubro na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação com setembro, a queda foi de 0,1%.
É o terceiro mês consecutivo de queda do indicador, que acumula no trimestre uma perda de 1,8%. Já no acumulado do ano e em 12 meses, o comércio varejista apresenta alta de 2,6%.
Análise realizada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) assinala que “ao que tudo indica não é apenas a indústria que não consegue sair do vermelho, o comércio varejista também passou a registrar sequência de perdas sistemáticas”.
As vendas voltaram a níveis inferiores ao pré-pandemia. O comércio ampliado (inclui automóveis e material de construção) está 2,8% abaixo de fevereiro de 2020, e o restrito, 0,1% aquém deste patamar. “Ou seja, a indústria não está só ao perder tudo o que havia conquistado no segundo semestre do ano passado, quando as medidas emergenciais adotadas pelo governo estavam plenamente em atuação”, explica o Iedi.
Frente a 2020, com bases de comparação menos deprimidas, as variações interanuais também não escondem mais a perda de dinamismo do comércio. “Seja qual for a comparação utilizada, a queda de outubro mostrou-se claramente difundida entre os diversos ramos do setor. Na comparação interanual, todos os 10 ramos ficaram no negativo. Na série com ajuste sazonal, frente a setembro, 70% apresentaram queda, embora geralmente menos intensa que nos meses anteriores”, mostra a entidade.
As quedas recentes de indústria, comércio e também dos serviços – este após cinco meses de alta – acenderam a luz amarela. Alguns analistas já esperam nova queda na produção do País (PIB) no último trimestre do ano, se não houver recuperação em novembro e dezembro.
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