O desempenho do varejo físico brasileiro na semana do Dia dos Namorados deste ano (de 6 a 12 de junho) apresentou queda de 2,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados são do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. Já o final de semana que antecedeu a data comemorativa (6 a 8 de junho de 2025), em comparação com 2024 (7 a 9 de junho 2024), registrou um leve crescimento (0,2%).
Considerando apenas as vendas do comércio físico na Cidade de São Paulo, o indicador apresentou baixa de 0,5% na semana do Dia dos Namorados (de 6 a 12 de junho deste ano), em comparação com o igual intervalo de 2024, e de -0,2% no final de semana da data comemorativa (de 6 a 8 de junho de 2025 ante o período de 7 a 9 de junho do ano passado).
Já pesquisa da Ecglobal com 1.000 brasileiros revelou que 62% dos entrevistados preferem celebrar o Dia dos Namorados combinando produtos com experiências marcantes, enquanto 17% optam exclusivamente por oferecer vivências diferenciadas aos parceiros. Esse comportamento reforça uma tendência de consumo mais consciente, focado na criação de memórias e na valorização de momentos significativos. Em sintonia com esse cenário, pequenas e médias empresas faturaram R$ 263 milhões em vendas online na data em 2024. Restaurantes também registraram alta demanda este ano: 83% dos consumidores escolham esse tipo de comemoração.
Para Viviane Gervasoni, professora de Administração Comportamental e de Marketing da Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros (FEI), a busca por experiências tem superado a procura por itens físicos, revelando uma tendência já consolidada.
“O comportamento do consumidor tem se mostrado mais propício ao aumento do tíquete médio e à valorização de experiências, não apenas de produtos. Cerca de 60% das pessoas que comemoram a data a consideram tão importante quanto um aniversário de namoro ou casamento, o que mostra o peso emocional que ela carrega”, avalia.
A professora ainda destaca que essa mudança de comportamento também é impulsionada pela geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), que tem priorizado momentos significativos ao invés de consumo de bens.
“Para esse público, experiências personalizadas, como jantares ou viagens no fim de semana, atendem tanto ao desejo de conexão quanto às expectativas sociais – muitas vezes reforçadas pelas redes” , explica Viviane Gervanosi.
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