A anunciada onda de frio animou o comércio carioca que torce por um inverno mais rigoroso para aquecer as vendas e estima um crescimento de 2,5% se a temperatura realmente continuar esfriando. É o que mostra a pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio), que ouviu 250 lojistas do Centro e das zonas Norte, Sul e Oeste.
Segundo Aldo Gonçalves, presidente das duas entidades, com a queda da temperatura aumenta a venda de roupas de inverno e de produtos como botas, cachecóis, luvas, gorros e acessórios além de edredons, colchas e cobertores.
“O comércio precisa urgentemente se recuperar e cita como exemplo que todas as datas comemorativas no primeiro trimestre não confirmaram as expectativas de crescimento apontadas pelos institutos de pesquisas especializados em comércio varejista”, explica.
A pesquisa mostra que, com a queda da temperatura, 80% dos lojistas esperam aumento nas vendas, 20% dizem que serão iguais às do ano passado. Dos comerciantes ouvidos 82% afirmaram que a mudança da temperatura influencia bastante as vendas e que a expectativa é que 62% procurem por artigos do vestuário, como casacos, moletons e camisas de flanela de manga comprida, seguido de 38% por acessórios como meias de lã, cachecóis, segunda pele, luvas, toucas e cobertores.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que a situação do clima na Região Sul do Brasil pode se agravar caso haja a evolução do ciclone subtropical que se formou ontem à noite, em uma tempestade subtropical chamada Yakecan. Conforme a previsão, até a noite de amanhã, a Yakecan poderá se intensificar e ser classificada como tempestade tropical. Neste caso, as rajadas de vento poderão superar os 110 km/h, do extremo sul e leste do Rio Grande do Sul para o litoral sul de Santa Catarina.
Segundo o Inmet, a onda de frio continuará atuando no Centro-sul do Brasil nos próximos dias. Nesta madrugada houve formação de geada em grande parte do Paraná, incluindo a capital Curitiba e a Região Metropolitana, além do sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
As temperaturas registram quedas mais acentuadas em áreas das regiões Centro-Oeste e Sudeste, mas podem atingir o sul da região Amazônica, “configurando o segundo episódio de friagem neste mês de maio”, informou o instituto.
Para amanhã, permanece previsão de ventos fortes no leste e litoral gaúcho, e litoral sul de Santa Catarina com rajadas acima de 110 km/h. “No final do dia os ventos tendem a diminuir de intensidade”, completou o Inmet.
Há previsão também de formação de geada no centro-norte do Paraná; em São Paulo, especialmente na Serra da Mantiqueira e Vale do Paraíba; no triângulo e centro-sul de Minas Gerais; no Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás.
“Estas condições persistem, pelo menos, até o final de semana quando volta a ter condições de geada no Sul do país. Segue a condição de neve até amanhã nas serras Gaúcha e Catarinense e sul do Paraná”, completou.
O Inmet também prevê neve em áreas do Sul.
Com informações da Agência Brasil