A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados debate amanhã a aquisição de 58% do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). O anúncio da compra foi feito em 28 de março, e o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) têm prazo de 360 dias a partir do anúncio para analisar a negociação e concluir ou não a operação.
O debate atende a pedido dos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Márcio Marinho (Republicanos-BA). O parlamentar argumenta que a operação surpreendeu o mercado financeiro e os milhares de correntistas do BRB, gerando incertezas e exigindo a atenção dos órgãos reguladores.
Daniel Almeida acrescenta que há alertas de que a compra que pode impactar a segurança econômica de mais de 8 milhões de correntistas. Segundo a diretoria do BRB, a aquisição foi uma grande oportunidade, e a operação irá agregar atuação em médias e grandes empresas, em mercado de capitais e em câmbio.
Já a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apontou que a concentração da carteira do Banco Master em precatórios agrava os riscos da operação.
No Senado, Damares Alves (Republicanos-DF) reafirmou, em pronunciamento no plenário do Senado Federal nesta quarta-feira (30), a importância de ouvir os presidentes do Banco Regional de Brasília (BRB) e do Banco Master sobre a compra de 58% da instituição privada pela estatal brasiliense.
No último dia 29, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou a realização de uma audiência pública para esclarecer os detalhes da operação. O pedido foi protocolado pelos senadores: Damares Alves, Izalci Lucas (PL-DF) e Leila Barros (PDT-DF), todos representantes do Distrito Federal.
Segundo a parlamentar, neste momento, o instrumento mais adequado seria a audiência pública. Nas palavras da senadora, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) seria um último recurso.
“A audiência pública é uma oportunidade para que os dois presidentes expliquem publicamente os termos da operação, permitindo que a população acompanhe e possa ser convencida de que o negócio é benéfico para o Distrito Federal”, destacou Damares Alves.
A negociação tem gerado polêmica e levantado desconfiança no mercado. O banco público adquiriu quase metade das ações do banco privado em meio à dificuldade do Master em encontrar um comprador. Já o BRB apresentou crescimento expressivo nos últimos seis anos, passando de 650 mil para 8 milhões de clientes e expandindo sua atuação para além do Distrito Federal.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
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