Em 10 anos, entre 2004 e 2024, a Índia avançou da 29ª para a 13ª posição entre os destinos das exportações brasileiras. Desde 2019, as exportações do Brasil para o mundo cresceram em média 7,3% ao ano, enquanto as vendas brasileiras para o parceiro do Brics cresceram 13,7%. A Índia foi o 7º maior destino das exportações brasileiras em setembro de 2025.
A pauta exportadora, no entanto, segue altamente concentrada, com os três primeiros grupos de produtos – todos commodities – representando 67,6% do total exportado. Os principais produtos vendidos pelo Brasil ao país asiático incluem açúcar, petróleo bruto, óleos vegetais, algodão e metais
Enquanto isso, a Índia se destaca como fornecedora de produtos com maior valor agregado como medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos químicos e autopeças.
Em 2024, o comércio entre Brasil e Índia somou US$ 12,1 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 5,3 bilhões e importações de US$ 6,8 bilhões. O crescimento das vendas foi de 12,5% no período, e o déficit comercial brasileiro somou US$ 1,6 bilhão. Em 2025, até setembro, as vendas avançaram 27,5%.
Os dados são da ApexBrasil, que acredita em potencial para diversificar e agregar valor nas vendas do Brasil para a Índia, especialmente em setores como biocombustíveis, proteína animal, celulose, etanol e pedras preciosas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), vai liderar, na próxima semana (16 e 17) missão à Índia com cerca de 150 empresas e entidades setoriais dos dois países para discutir oportunidades e buscar ampliar o comércio bilateral.
O Encontro Empresarial Brasil–Índia 2025, em Nova Deli, terá transmissão ao vivo no canal da ApexBrasil no YouTube. O Mapa de Oportunidades da ApexBrasil identificou 385 oportunidades de exportação brasileiras para o mercado indiano.
Índia compra petróleo russo com yuan chinês
Reportagem da agência de notícias Reuters de 7 de outubro destaca que empresas importadoras de petróleo na Índia começaram a usar o yuan chinês para pagar diretamente por remessas de petróleo bruto russo. Os comerciantes e Banco Central da Rússia acumulam grandes saldos em rúpias indianas, dadas as grandes compras de petróleo russo.
A Índia tem déficits comerciais substanciais com a Rússia e a China. Os russos precisam de yuans, pois muitas empresas negociam com a China. É provável que o BC indiano esteja adquirindo os volumes em yuan por meio de uma linha de swap com o Banco Popular da China.
Mudanças no CDC
Foi retirado de pauta, na última terça-feira (7), o Projeto de Lei (PL) 2.766/2021, que tramitava em regime de urgência no Congresso Nacional, e propõe alterações importantes no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e na Lei 8.137/1990, com impacto direto na atuação de empresas fornecedoras de bens e serviços.
De acordo com Francisco Fragata Jr, sócio e presidente do Conselho de Administração do Fragata e Antunes Advogados, o sistema de sanções aos fornecedores proposto nesse PL “precisa ser melhor debatido pela sociedade”.
Dentre outras mudanças, o PL propõe que antes da imposição de sanções administrativas, os órgãos de defesa do consumidor deverão dar prazo mínimo de 15 dias para regularização voluntária das inconformidades, salvo em casos de risco concreto.
Além disso, as multas passarão a ser calculadas com base em critérios objetivos, como faturamento da linha de produto, vantagem econômica obtida e natureza da infração – se por erro justificável, negligência ou dolo.
Rápidas
Até 31 de outubro, parte da renda obtida com a venda da Torta Red Velvet nas 31 lojas da Lecadô será destinada para ações de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama realizadas pelo INCAvoluntário. Esta é a 11ª edição da campanha Lecadô no Outubro Rosa *** O 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia acontece de quarta (15) a sábado (18), em Juazeiro (BA) *** Nesta terça, 18h, o Clube Português de Niterói recebe Encontro de Administradores (Encad). Gratuito e aberto ao público, o evento é organizado pelo CRA-RJ. Inscrições aqui *** O Instituto Bienal Amazônia (IBA), a Saphira & Ventura Media & Entertainment e a Art A3 Gallery apresentam o Earth Film Festival, que chega a São Paulo a partir deste sábado *** Primeira coordenadora do Programa de História Oral da FGV, que completa 50 anos, Aspásia Camargo será homenageada no 16º Encontro Regional Sudeste de História Oral, nesta teçra, que terá como tema “Lusofonias, Africanidades e Diásporas”.
