Metade das 20 melhores cidades em ciência ficam na China, de acordo com o Nature Index 2024 Science Cities, um suplemento da prestigiada revista britânia Nature lançado em Beijing na semana passada. Beijing continua liderando o ranking desde 2016. Do Brasil, apenas São Paulo está listada entre as 200 principais cidades em ciência, na 179ª posição. A única da América Latina. As 200 principais cidades científicas e áreas metropolitanas são classificadas por artigos compartilhados em 2023.
Enquanto isso, as cidades chinesas, especialmente as capitais provinciais como Nanjing, Wuhan, Hangzhou e Xi’an, subiram muito em suas posições como centros científicos competitivos em nível mundial. Uma das cidades de crescimento em ciência mais rápido na China, Hefei está alcançando Pequim e Xangai como um centro agitado de inovação. Em apenas alguns anos, a cidade substituiu vastas áreas de terras agrícolas por parques tecnológicos e instalações científicas, e grande parte de sua indústria de alta tecnologia deixou de obter equipamentos e componentes do exterior para produzi-los internamente. Somente na última década, Hefei conseguiu dobrar sua produção econômica para cerca de US$ 140 bilhões. Como isso aconteceu?
De acordo com a análise da Nature, a chave para o sucesso de Hefei é o Made in China (MIC2025), uma política nacional lançada em 2015 e que deve terminar no ano que vem. “O objetivo abrangente do MIC2025 é afastar a China de ser a ‘fábrica mundial’ de produtos baratos e de baixo valor e transformá-la em uma fabricante de bens e serviços inovadores e de alta tecnologia em áreas como tecnologia da informação, engenharia oceânica e equipamentos aeroespaciais”, sustenta a revista britânica de ciência.
Como parte do Made in China 2025, o país estabeleceu a meta de se tornar 70% autossuficiente em setores-chave. “Números oficiais sobre o progresso do MIC2025 são escassos, mas há indícios de que muitas de suas metas foram cumpridas, particularmente em energia renovável e biofármacos”, diz Julian Mueller, um pesquisador que se concentra em gestão da cadeia de suprimentos na Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha. “Eu diria que a China teve sucesso”, disse ele à Nature.
Na área científica de saúde, Boston (EUA) segue dominando, mas cidades chinesas mostram um progresso evidente nas ciências da saúde, uma área em que as cidades chinesas ainda estão atrás das ocidentais.
IA na cultura
Seminário na Associação Comercial do Rio (ACRJ) vai debater a Inteligência Artificial na Cultura nesta quarta-feira, 9h. Estarão presentes representantes das secretarias municipal e estadual de Cultura; Ecad; Theatro Municipal; LC Barreto Produções; ESPM; Sindicato Nacional dos Editores de Livros; entre outros.
A iniciativa é do Conselho Empresarial de Cultura da ACRJ. Entre os temas em discussão estarão “IA na Música” e “IA na Gastronomia”. O encontro é gratuito, mediante inscrição prévia aqui.
Rápidas
A exposição Sentada em Banco Esplêndido, da artista plástica Denise Araripe, foi prorrogada até 6/12, na Galeria Candido Mendes Ipanema *** Nesta quarta será realizado o Jantar de Aniversário para a comemoração dos 98 anos do Iargs. O professor Roque Antonio Carrazza será agraciado com a Láurea de Reconhecimento *** A Undime-SP, com o apoio técnico da Autistas Brasil, reunirá, nesta quarta, 450 gestores e profissionais de educação da rede de educação básica de 206 municípios de São Paulo para o Seminário Técnico Educação Inclusiva, na Universidade Nove de Julho (UniNove – Campus Barra Funda) *** A escritora e diretora-executiva da BFly Consultoria lança o livro Felicidade no Trabalho, importa?, nesta quinta, na sede do Grupo Soares Pereira, em São Conrado.