Como criar seres independentes: promovendo a autonomia na infância

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Escola Montessori, criança independente, autonomia na infância

A autonomia é mais do que uma simples capacidade de agir por conta própria; é um caminho pelo qual o aluno descobre seu papel no mundo, explorando sua individualidade e construindo suas relações com os ambientes e as pessoas ao seu redor. Ao falar de autonomia na primeira infância, é crucial compreender que estamos lidando com seres em constante evolução, capazes de maravilhas e descobertas a cada instante.

Ter um ambiente preparado é a base fundamental. Por isso, precisamos de espaços ricos e diversificados, repletos de materiais que despertem a curiosidade e incentivem a exploração. Cada canto deve ser uma oportunidade para a criança exercer sua escolha, desenvolvendo a capacidade de tomar decisões desde cedo.

Para os maiores, deixar o ambiente organizado para incluir o momento dos estudos na rotina é dar um passo importante para que eles cresçam independentes e responsáveis. É como preparar o terreno para que, no futuro, saibam cuidar dos próprios estudos. Isso inclui deixá-los, desde sempre, se responsabilizarem pelos deveres de casa e suas tarefas dentro da rotina.

A expressão através da arte, do movimento e do diálogo também é de extrema importância para que a criança/adolescente consiga se envolver na sua própria jornada de aprendizagem, trilhando um caminho para a construção de um conhecimento significativo e autêntico.

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Devemos dar espaço a essa singularidade, compreendendo que a autonomia se desenvolve gradualmente e que nosso papel é oferecer suporte e encorajamento, respeitando os tempos individuais. Os erros são vistos como parte integrante do processo de crescimento.

Se respondemos ou fazemos por eles, como irão desenvolver a habilidade de criar e de produzir respostas com autoria? É sempre importante lembrar a famosa frase da psiquiatra italiana Maria Montessori: “Nunca devemos interromper a criança envolvida em uma atividade que ela acha que pode fazer sozinha.” Convidamos vocês a uma reflexão sobre o quanto escutam e confiam em seus filhos e filhas, o quanto estão abertos para acolher seus erros e frustrações, o quanto de espaço deixam para que eles se mostrem como sujeitos para além do que vocês esperam deles ou, muitas vezes, sem perceber, por eles. Assim como as crianças, busquemos mais perguntas do que respostas.

Cintia Areno, Diretora da Escola Nova by SIS, e Júlia Trani, Coordenadora de Projetos na SIS Brasil

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