Como driblar os efeitos da inflação no bolso das famílias brasileiras

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Alimentação, transporte e remédios são alguns dos produtos e serviços que tiveram os maiores reajustes de preços por conta da alta inflação que assola o Brasil. E outubro seguiu nessa crescente, uma vez que fechou o mês com uma nova alta de 1,25% no índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a educadora financeira e especialista em finanças pessoais, Aline Soaper, a inflação chegando à atual previsão de 8,24 diminui o poder de compra e o padrão de vida dos brasileiros.

“Essa alta nos preços impacta diretamente no bolso das famílias brasileiras, já que a maioria não tem margem para aumentos significativos nos itens essenciais. A previsão era que a meta inicial de inflação para 2021 fosse de 3,75%, já estamos em 8,24% e a previsão é fechar o ano em mais de 10%. E isso se reflete diretamente na mesa do brasileiro, já que os preços dos alimentos básicos já subiram bem acima dos 8,24% . As carnes bovina e de aves tiveram um aumento de 30% e o salário, infelizmente não acompanhou isso”, explica a educadora. E foi de olho nessa dificuldade de muitos brasileiros de organizar, poupar e investir o seu dinheiro, que Aline criou o Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal (Efinc). A organização oferece cursos 100% on-lines voltados para educação financeira e desde 2018 já formou mais de seis mil consultores de finanças pessoais.

E uma pesquisa recente que corrobora essa percepção da especialista é o levantamento do Instituto Locomotiva. Segundo dados publicados pela instituição, no primeiro semestre deste ano, o percentual da população brasileira pertencente à chamada “classe média tradicional” caiu de 51%, em 2020, para 47% em 2021 – mesma fatia da classe baixa no país. “E as projeções para o ano que vem também não são promissoras. Mesmo que o salário mínimo em 2022 tenha o maior reajuste desde o ano de 2016, a correção não prevê ganhos reais aos trabalhadores, uma vez que o poder de compra apenas será igualado aos preços atuais. A verdade é que, até que haja um novo reajuste de salário, os brasileiros seguirão sentindo o bolso a alta da inflação”, explica a especialista. Responsável por ensinar milhares de brasileiros sobre finanças pessoais, Aline Soaper oferece quatro dicas para ajudar as famílias brasileiras a driblar os efeitos da inflação:

Pesquisa de Preços: “A pesquisa de preços, por parte dos consumidores, deve ser constante. Observar os dias da semana que os supermercados fazem promoções de itens específicos, por exemplo, é fundamental para evitar gastos”, explica a educadora financeira. Neste caso, no entanto, é preciso ter cuidado para não gastar mais indo muitas vezes ao supermercado. “Faça a lista e vá ao mercado com a mesma lista, anotando o que já foi comprado no dia anterior para não repetir. E fuja da tentação! Compre apenas os itens essenciais”, acrescenta a especialista;

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Substituição de Produtos: “Trocar produtos que aumentaram muito de preço por itens com valor menor é uma ótima alternativa para economizar nos gastos da família. E dê preferência às marcas que oferecem melhor custo x benefício, seja ela uma marca branca ou uma embalagem que oferece uma quantidade maior de litros os kgs por preço”, explica a educadora;

Aproveitamento total dos alimentos: Segundo uma pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas), 931 milhões de toneladas de alimentos foram para o lixo em 2019. Nesse total, estão os alimentos vendidos para residências, varejistas e restaurantes. Os dados mostram que o desperdício também gera impacto, principalmente nas famílias que estão na linha da pobreza. “A comida está cara e temos muitas famílias brasileiras passando necessidade, por isso o desperdício não é uma opção. Valorize cada centavo gasto. É importante cada família fazer a sua parte, evitando o desperdício de alimentos, reaproveitando cascas para fazer novas receitas, acompanhando o prazo de validade para consumir antes do alimento ser perdido e reaproveitando sobras para criar novas receitas para a próxima refeição”, aconselha Aline Soaper;

Controle de Gastos Semanais: “Sem o acompanhamento dos gastos, o seu dinheiro não rende. É preciso ter um controle na unha de tudo que entra e sai do orçamento familiar. Faça esse controle por semana, assim você pode ir acompanhando quando foi gasto, por exemplo, de feira, mercado, combustível, remédios e luz e ir comparando com as semanas e meses anteriores. Notou um aumento? É hora de frear” acrescenta.

Serviço:

Site: https://institutosoaper.com.br/

Redes sociais: @alinesoaper_oficial e www.facebook.com/alinesoaper

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