Quando pensamos nos resultados que pretendemos atingir após determinado período de trabalho em uma empresa, imaginamos os pontos positivos e como esses resultados vão atender às expectativas de forma geral. No entanto, definir o resultado a ser alcançado é a parte que considero mais fácil; o problema está justamente em traçar as estratégias necessárias para conquistá-los.
Primeiramente, o gestor que estiver encabeçando o processo precisa ter conhecimento prévio e amplo do contexto em que está inserido, principalmente o domínio da ação que está sendo executada naquele momento, se for o caso. Além disso, ele deve estar bem preparado para lidar com as eventuais dificuldades que provavelmente surgirão no meio do caminho e não perder de vista o objetivo de médio/longo prazo.
O ideal é que a liderança traga o time para perto, para que, juntos, possam debater sobre as melhores formas de atingir os resultados que foram estabelecidos previamente ou até mesmo para que a equipe participe da definição de quais resultados devem ser alcançados e em qual medida. Algumas perguntas essenciais devem ser feitas: todos os integrantes compreenderam o que precisa ser alcançado e realizado? Todos possuem as competências e ferramentas necessárias para executar suas respectivas tarefas?
Dependendo dessas respostas, o gestor saberá se pode dar prosseguimento ao processo para atingir os resultados. Ter certeza de que os colaboradores entenderam tudo e que sabem como suas performances impactam o conjunto dos detalhes é essencial, pois, assim, é possível que se engajem cada vez mais, já que estarão trabalhando literalmente por resultados.
Nesse sentido, minha maior recomendação é adotar uma gestão por OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados-Chave) –, pois tanto o gestor quanto os colaboradores terão mais clareza e foco para atingir os resultados esperados. Além disso, o trabalho em equipe torna o processo mais motivador, pois cada um tem seu mérito no momento de fazer a engrenagem da empresa girar.
A ferramenta também permite que eventuais erros sejam reconhecidos e identificados com mais facilidade e rapidez, já que incentiva a realização de ajustes frequentes no plano de execução da estratégia. Isso ocorre porque os ciclos são menores e mais curtos, geralmente de três meses. Assim, recalcular a rota e mudar o caminho não é tão doloroso quanto em outras situações.
Colocar essas práticas em ação já vai gerar mais resultados e, para gerar ainda mais, pode ser interessante estabelecer metas desafiadoras, aquelas que dão frio na barriga e nos motivam a entregar o nosso melhor.
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs.