Compensação

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Apesar de o governo brasileiro e entidades do setor naval afirmarem que estão negociando com a estatal venezuelana PDVSA a construção da maioria das 46 embarcações que serão postas em licitação nos próximos meses, se a decisão fosse hoje o Brasil só conseguiria abocanhar, no máximo, cinco navios, tipo Panamax. O preço unitário de cada embarcação no mercado internacional giras em torno de US$ 50 milhões. Caso o Brasil seja hábil nas negociações com Hugo Chávez, porém, poderá aumentar esse número.

Dois peso$
Emblematicamente, a  informação de que a isenção fiscal de US$ 100 milhões para que estrangeiros não paguem Imposto de Renda ao investirem em títulos públicos não foi seguida das habituais ressalvas da equipe econômica de que os beneficiários deveriam apontar uma fonte no Orçamento para compensar a perda do Tesouro. Até poucas semanas, quando se tratava de corrigir a tabela do Imposto de Renda em apenas 8%, Palocci & Cia exigiam que a “perda” fosse compensada.

Para poucos
Ao justificar a proposta de isentar os especuladores internacionais de impostos ao aplicar em títulos públicos brasileiros, o secretário de Tesouro, Joaquim Levy, disse que isso equipara a tributação no Brasil com as dos demais países. Espera-se agora que a intenção do secretário seja levada adiante e os demais impostos sigam a média mundial. Não precisa ser igual à tributação dos Estados Unidos; similar aos dos vizinhos Chile ou Argentina já deixaria os contribuintes brasileiros – aqueles que trabalham ou geram empregos aqui – contentes.

“Brazilians”
A regulamentação da isenção do pagamento de Imposto de Renda para os estrangeiros que investirem em papéis públicos deixou de fora ponto fundamental: o privilégio vai ficar restrito aos “gringos” ou vai se estender aos estrangeiros das Ilhas Cayman?

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Isonomia
Já há brasileiro pensando em se naturalizar português ou italiano.

Social
Pela quarta vez consecutiva a Fundação Pró-Sangue e a Faculdade Ítalo Brasileira realizaram a campanha de Doação de Sangue, parte do trote solidário da faculdade. Durante duas horas, 14 pessoas atenderam a 60 doadores e realizaram 45 coletas.

(Quase) O mesmo
As opiniões do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu colhidas pela imprensa nos últimos dias ajudam a explicar por que Dirceu perdeu a queda-de-braço com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Argumentos como o de que “o presidente Lula é mais confiável para as elites do que Serra” ou de que “Lula vai ganhar a eleição porque o real forte ajuda a segurar a inflação” mostram a inviabilidade de um pólo se opor ao outro com o qual, em essência, concorda.

Fora do ar
O jornal vespertino Q!, de curta vida na cena carioca no mundo real, abandonou também o virtual. Quem tenta acessar o site www.qonline.com.br é redirecionado para a página da rádio MPB FM, do mesmo grupo. O Q! foi uma investida de uma das herdeiras de Ary de Carvalho, que deixou um grupo de comunicação capitaneado pelo O Dia.

Pancadão
O secretário de Segurança do Rio, Marcelo Itagiba, defendeu, em conversa no Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, segunda-feira à noite, uma greve dos organizadores de bailes funks, como forma de ajudar a polícia a resolver o caso do desaparecimento de um MC que atuava na Rocinha. Embora torcendo pela solução mais rápida possível do caso, a coluna sugere que a greve se estenda por um período razoável. Digamos, no mínimo, dez anos.

Popular
Em disputa com o ex-governador Anthony Garotinho para saber quem será o candidato do PMDB a presidente da República, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, joga com as mesmas armas do adversário quando o assunto é política local. O governo gaúcho planeja instalar mais 12 restaurantes populares em 2006. Nos últimos 12 meses, o programa – que no Rio é conhecido como restaurante de R$ 1 – serviu mais de 1,3 milhão de refeições a preço simbólico. A meta gaúcha é atender mais de 150 mil pessoas por mês, com 28 restaurantes.

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