Compras com Pix avançam 141% em dezembro

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Pix na tela do celular
Pix (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

O volume de transações no varejo utilizando o Pix em dezembro teve alta de 141%, enquanto o faturamento saltou 70%, considerando o período entre 1º e 18 de dezembro de 2022, na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. Os dados são de pesquisa do Itaú Unibanco.

Observando as transações realizadas por clientes pessoa física (CPF) para pessoa jurídica (CNPJ) com a tecnologia de pagamento, alguns setores tiveram destaque na ampliação do consumo no período analisado – que teve tíquete médio de R$ 321.

“Entre eles estão exposições e festas, com crescimento de 563% – estimulado pelas confraternizações de fim de ano – e livros e revistas, que avançou 544%, o que pode indicar uma retomada do consumo destes itens como presentes de Natal. Padarias e confeitarias também tiveram alta, de 227%. Uma hipótese para a alta da modalidade, além da maior inserção no comércio, são as condições diferenciadas que os lojistas oferecem para pagamento com Pix, especialmente em datas de muito consumo, que também colaboram para esse avanço”, comenta Moisés Nascimento, diretor de Dados do Itaú Unibanco.

Outro setor que cada vez mais vem ganhando espaço no Pix – e que é naturalmente aquecido no período de fim de ano e férias – é o de aluguel de automóveis, que avançou 3.800% em relação ao mesmo período de 2021.

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A análise mostra ainda que o setor de alimentação lidera o uso do Pix no Varejo, correspondendo a 27% das transações realizadas pelos clientes Itaú no período analisado.

Examinando os gastos com cartões de crédito nas três primeiras semanas do mês, houve um incremento de 12% no valor transacionado e de 10% na quantidade de operações. As compras à vista foram a preferência dos consumidores e representaram 84% das transações no período, enquanto as parceladas, 16%. Nos gastos em que a escolha é por pagar tudo de uma vez, o tíquete médio foi de R$ 98; já em mais vezes, de R$ 544.

Na visão de compras presenciais e virtuais, os gastos no varejo físico tiveram ampliação de 12% na quantidade de vendas, enquanto o comércio eletrônico evoluiu 5%. Quando se observa o valor transacionado nessas modalidades, o avanço foi semelhante – de 13% no eletrônico e 12% no presencial.

Já segundo a Associação Brasileira do Varejo (ABV), datas como Natal devem aumentar as vendas do segundo semestre em 12%, na comparação com o primeiro semestre de 2022, e devem injetar mais de R$ 20 bilhões na economia. E uma das expectativas para o Natal que deve estar no radar dos lojistas é uma mudança nas preferências do consumidor em relação aos meios de pagamento no comércio eletrônico, com um crescimento do Pix.

“Até o ano passado, o público optou prioritariamente pelo cartão de crédito nas compras online, mas, ao longo deste ano, foi constatado um crescimento exponencial do Pix. Por isso, a expectativa é que esse meio de pagamento cresça em datas de alta demanda para o varejo”, destaca Lorain Pazzetto, Head de Open Finance da FCamara. Segundo o levantamento, o Pix tem potencial para alcançar 92% dos pagamentos de compras virtuais até julho de 2023.

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