O presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou em uma rede social apelo contra “a mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”, em uma fala contra o massacre em Gaza.
“Quero fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à comunidade internacional para que, juntos e com urgência, lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio”, conclamou.
“Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo. É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, protestou Lula.
O apelo reflete a reação da comunidade internacional à barbaridade do massacre em Gaza. “Israel precisa respeitar o direito humanitário internacional quando se trata de se defender durante o conflito palestino-israelense em curso”, disse o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.
Borrell também apelou à “libertação dos reféns” e ao “acesso a alimentos, água e medicamentos, o que também está de acordo com o direito humanitário internacional”, segundo um comunicado de imprensa do serviço diplomático da UE.
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Onze funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foram mortos na Faixa de Gaza desde sábado (7), informou a agência em comunicado nesta quarta-feira.
São cinco professores, um ginecologista, um engenheiro, um conselheiro psicológico e três funcionários de apoio. “Alguns foram mortos nas suas casas com as suas famílias. A UNRWA lamenta esta perda e está de luto com os nossos colegas e as famílias”, acrescentou.
O novo gabinete de coalizão de Israel durante a guerra prometeu continuar a operação militar na Faixa de Gaza até que “o Hamas seja derrubado e destruído”. Foi a primeira declaração do novo governo de unidade de emergência, formado nesta quarta-feira, quando Benny Gantz, líder da oposição e ex-ministro da Defesa de Israel, se juntou ao governo de coalizão religiosa ultranacionalista do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Vamos esmagar e destruir o Hamas”, disse Netanyahu.
Com Agência Xinhua