O Concurso 2025 “Jovens da China e da América Latina respondendo aos desafios globais — Desafio de redução da pobreza” foi inaugurado antes do 4º Fórum China-CELAC a ser realizado em Beijing no dia 13 de maio. Cerca de 300 professores e estudantes da Universidade Tsinghua da China e das universidades do Brasil, Peru, Chile e Equador participaram da reunião de abertura de forma presencial e online.
Em 2024, a Universidade Tsinghua e as universidades latino-americanas lançaram esse programa para incentivar mais diálogos entre jovens universitários e encorajá-los a aproveitar suas vantagens em especialidades para explorar soluções inovadoras aos desafios globais de redução da pobreza.
Este programa foi incluído nos resultados oficiais da visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil no ano passado, com assinatura de acordo entre a Tsinghua e a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Conforme apresentado pela diretora do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade Tsinghua, Chen Taotao, o concurso, já na sua segunda edição, atraiu mais participantes e parceiros e está sendo patrocinado pela empresa filial da State Grid no Chile, Envision Group e Fundação de Luksic. Em seu discurso, ela ressaltou que a redução da pobreza continua sendo um desafio global enquanto a experiência acumulada por vários países no processo de combate à pobreza ainda não foi suficientemente compartilhada. “Os jovens constituem uma força fundamental no trabalho da redução da pobreza e assumirão a responsabilidade e a esperança pelo desenvolvimento futuro desta causa,” destacou a professora. Ela enfatizou a disponibilidade da instituição na organização de intercâmbios relacionados para promover o aprendizado mútuo entre a China e os países latino-americanos.
A diretora do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ana Célia Castro, pontuou que o concurso acontece num momento em que múltiplas crises globais estão entrelaçadas, recomendando aos candidatos a estudarem os últimos documentos alcançados durante a cúpula do G20 no Brasil, sobretudo os conteúdos relativos à integração entre seguridade social, sistema alimentar e sistema de saúde, à justiça fiscal e desenvolvimento inclusivo, e à solidariedade global e cooperação inovadora. A professora titular pediu que os jovens dos dois lados intensifiquem os diálogos e contribuam para o desenvolvimento sustentável na China e na América Latina.
O professor do Instituto de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Chile, Francisco Galleg, fez uma retrospectiva sobre sua experiência de participação na competição como especialista no ano passado, marcando que o projeto não se concentra apenas no problema da pobreza em si, mas também fornece uma plataforma para exibir soluções inovadoras e promove a troca de ideias entre jovens internacionais. Ao analisar a atual situação da pobreza no Chile e na América Latina, ele chamou a atenção sobre a complexidade e a natureza de longo prazo do combate à pobreza, encorajando os universitários a ampliarem a visão e explorarem em conjunto vias de longo prazo e eficazes para a erradicação da pobreza.
Ao longo de 4 meses, a competição será realizada em grupos formados por candidatos de diferentes países , que dispõem de uma caixa de ferramentas “5W1H+”, isto é propor um método de quatro etapas para “descobrir e definir a pobreza (o quê) – descrever e compreender a pobreza (quem, onde, quando) – analisar e desconstruir a pobreza (por quê) – responder e resolver a pobreza (como)”. O objetivo é apresentar projetos de solução mais viáveis baseado nas realidades locais. Os premiados podem viajar aos países uns dos outros e participar dos devidos programas de intercâmbio cultural.
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